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Política

Bernal diz que R$ 252 milhões existem, mas quase tudo tem destino certo

Alberto Dias | 02/01/2017 18:53
"Ex-prefeito elogia empenho da nova gestão". (Foto: Marcos Ermínio).
"Ex-prefeito elogia empenho da nova gestão". (Foto: Marcos Ermínio).

Questionado sobre os R$ 252 milhões que afirmou ter deixado para a próxima gestão, o ex-prefeito Alcides Bernal (PP) explicou que este valor não está alocado apenas no tesouro municipal, mas também nas verbas vinculadas, que incluem recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Fundeb, além de repatriações e outras fontes. "Entre o tesouro e verba vinculada tem R$ 250 milhões", reiterou nesta segunda-feira (2).

Esta manhã, ao iniciar o expediente na prefeitura, Trad afirmou que não há R$ 252 milhões nos cofres do município, como havia declarado Alcides Bernal (PP) durante cerimônia de posse no domingo (1º). "Para saber a real situação, será realizado um levantamento junto à superintendência do Tesouro Municipal", explicou o novo gestor.

O Campo Grande News então, foi procurar Bernal, para pedir mais detalhes sobre tal montante. Por telefone, o ex-prefeito disse que existe dinheiro em caixa, sem precisar exatamente quanto, mas que também há outras verbas vinculadas, referentes a serviços ainda não liquidados.

Numa conta rápida, segundo ele, o IPTU 2017 já havia arrecadado mais de R$ 20 milhões no ano passado. Também havia nos cofres outros "quase" R$ 9 milhões em recursos oriundos da repatriação creditada dia 27 de dezembro. Houve ainda R$ 28 milhões bloqueados pelo TJ-MS (Tribunal de Justiça de MS), mais R$ 2,2 milhões referentes ao duodécimo devolvidos pela Câmara Municipal, entre outras fontes.

Sobre o pagamento da folha de dezembro, a vencer na sexta-feira (6) e cujo valor bruto soma R$ 101 milhões, a assessoria de Bernal ressaltou, mais cedo, que os valores deixados nos cofres serão somados aos do IPTU pagos nesta primeira semana do ano. "Isso acontece todos os anos, é normal. Muitos quitam até o dia 10 e o novo prefeito poderia usar para completar a folha. Marquinhos está sendo pessimista", disse um dos assessores.

O mesmo assessor estima que o valor líquido nos cofres municipais gire em torno de R$ 50 milhões, porém, ressaltou que alguns dados só serão "fechados" em 10 ou 15 dias, por questões contábeis. Porém, a última parcela do 13º salário para quem recebe mais de R$ 3 mil ficou pendente e custa R$ 25 milhões líquidos, ou seja, ainda sem considerar a incidência tributária.

O restante, R$ 200 milhões, inclui desde verbas federais do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que são liberados por etapa, conforme obras são concluídas, até recursos do oriundos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), voltados, conforme a prefeitura, ao pagamento de professores, projetos, convênios e até compra de uniformes.

Já o ex-prefeito, prefere manter a boa política. "Uma coisa é a questão política que meus adversários costumam fazer, e outras são recursos. Tenho certreza de que o Marquinhos não entrará nessa seara sobre valores deixados, até porque eu o apoiei, e teremos o documento oficial publicado em Diário Oficial", disse Bernal à reportagem.

"Tivemos 90 dias com equipe de transição acompanhando tudo diariamente. Os extratos falam por si só. É documento, não é conversa fiada". Por fim, deixou um recado ao bom gestor: "Torço para que o Trad tenha todo o êxito do mundo e quero que ele seja um bom prefeito, sem boicote ou sabotagem".

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