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Política

Bernal mantém teoria da conspiração e diz que vandalismo é "politicagem"

Jéssica Benitez | 21/06/2013 09:03
Prefeito associa vandalismo à manobras de políticos adversários (Foto: Marcos Ermínio)
Prefeito associa vandalismo à manobras de políticos adversários (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), não esteve de corpo presente na manifestação que ocorreu na Capital ontem à noite, mas acompanhou tudo e comentou em tempo real, por meio de sua página oficial na rede social Facebook. Na opinião do progressista, os manifestantes estavam divididos em dois grupos: os que percorriam a cidade de forma pacífica e o que estava infiltrado para desgastar o movimento. Para ele o vandalismo cometido no final do protesto foi em decorrência de manobras políticas.

“Mas, tem outro grupo pequeno, mas com pessoas exaltadas, embriagadas, ameaçando fazer quebra-quebra, insuflando a pratica de violência e vandalismo, confirmando-se a participação de grupos infiltrados para tentar deturpar o objetivo da manifestação e querendo na verdade vandalismo e politicagem. É lamentável e reprovável”, escreveu.

Desde o início da semana, Bernal, precavido, vem insinuando que qualquer tipo de vandalismo no meio do protesto seria uma forma de atingi-lo pessoalmente. Ele chegou a afirmar que pessoas ligadas ao grupo político que perdeu nas eleições passadas, ou seja o PMDB, estaria incentivando indivíduos a atacá-lo durante o manifesto.

Com tom de “eu te avisei”, o prefeito reforçou a teoria da conspiração e, mais uma vez, aproveitou o ensejo para se vitimizar. “É lamentável, alguns grupos oportunistas e politiqueiros se infiltraram e promoveram violência e vandalismo. Confirmou-se o alerta que fizemos. Campo Grande não merece”, disse.

Bernal utilizou vídeos para externar sua preocupação com possíveis ataques ao patrimônio público. “Campo Grande tem um povo ordeiro e pacífico e não merece ser palco de espetáculo trágico e deprimente. Não pode virar baderna. Em Brasília e outras cidades a manifestação ganhou proporções preocupantes, violentas. Manifestação democrática conta com nosso apoio, SIM ! Vandalismo NÃO!!”, postou o Chefe do Executivo.

Críticas – Embora o prefeito tenha dito que um “pequeno” grupo tenha sido orquestrado para ofendê-lo, em três momentos do protesto o progressista foi criticado pela voz dos manifestantes. O primeiro foi antes dos protestantes saírem da Praça da República (Rádio). Juntos, todos eles formaram coro e hostilizaram Bernal com palavras de baixo calão.

Depois, o público novamente gritou palavras de ordem em frente à prefeitura. No final a cena se repetiu em frente ao Paço. O prefeito, porém, não precisa se preocupar, já que não foi o único alvo. Na Câmara Municipal da Capital, os manifestantes teceram duras críticas aos vereadores e incluíram palavrões no discurso. O Governo do Estado também entrou no repertório.

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