ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 31º

Política

Bernal recorre ao MPF e diz que merenda não vai faltar nas escolas municipais

Alan Diógenes | 09/09/2015 18:25
Pais culpam falta de administração pelo fato da merenda estragar no depósito da Suali. (Foto: Fernando Antunes)
Pais culpam falta de administração pelo fato da merenda estragar no depósito da Suali. (Foto: Fernando Antunes)

O prefeito Alcides Bernal (PP) declarou, na tarde desta quarta-feira (9), que já pediu ao MPF (Ministério Público Federal) e MPE (Ministério Público Estadual) que tomem providências sobre a falta de merenda em algumas escolas municipais. O chefe do Executivo prometeu ainda que “sem comida as crianças não irão ficar, porque estão sendo levantados gêneros alimentícios para as escolas”.

Bernal afirmou ainda que a procuradoria jurídica da prefeitura abriu sindicância para apurar o que realmente aconteceu, e que os fornecedores serão procurados para prestar informações sobre os serviços prestados. “Algumas escolas alegam que não receberam as mercadorias, sendo que os documentos na Suali (Superintendência de Abastecimento Alimentar) dizem que foram entregues”, explicou.

Ao todo, 985 quilos de carnes destinados à merenda escolar serão incinerados por estarem impróprios para o consumo, com o prazo de validade vencido. A constatação foi feita pelo próprio prefeito ao visitar o estoque da Suali, ontem (9).

“A gestão passada assinou R$ 16 milhões em contratos para a aquisição dos alimentos. R$ 6 milhões eram recursos municipais e o restante, que eram recursos federais, foram usados mas não com o que deveria, ou seja, a merenda escolar”, comentou Bernal.

O fato gerou uma indignação nos pais e mães de alunos matriculados na rede municipal de ensino. A cozinheira Ilza Miranda, 37 anos, acredita que houve falha das duas partes. “Sinceramente eu acho que houve descuido tanto da parte da prefeitura como da parte dos diretores que não informaram que os alimentos não chegavam”, destacou.

Já o funcionário público Evânio Roberto Vieira, 46, culpou a antiga gestão. “É um absurdo, uma falta de administração. Para mim a política virou uma desordem total em todas as repartições. Tem criança que muitas vezes só tem uma refeição, aquela que recebe na escola, imagina como estão. A merenda é primordial”, informou.

A professora Lenisvane Assis Vieira, 41, afirmou que a Escola Municipal Arlindo Lima não teve falta de merenda, nem mesmo para os alunos que fazem reposição de aulas. Mas, acompanhando os noticiários, ela observou que o erro foi governamental. “O problema aconteceu lá em cima, quem tem o poder que falhou”, finalizou.

Lenisvane disse que o problema aconteceu "lá em cima". (Foto: Fernando Antunes)
Lenisvane disse que o problema aconteceu "lá em cima". (Foto: Fernando Antunes)
Evânio falou que a política virou uma desordem total. (Foto: Fernando Antunes)
Evânio falou que a política virou uma desordem total. (Foto: Fernando Antunes)
Nos siga no Google Notícias