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Política

Câmara critica segurança em postos e vereador fala em “tragédia anunciada”

Enfermeiro atacado em Caps do Aero Rancho por paciente mobilizou críticas de vereadores nesta quinta-feira (12)

Izabela Sanchez e Fernanda Palheta | 12/09/2019 11:36
Plenário da Câmara Municipal nesta quinta-feira (12) (Foto: Fernanda Palheta)
Plenário da Câmara Municipal nesta quinta-feira (12) (Foto: Fernanda Palheta)

A sessão legislativa desta quinta-feira (12) na Câmara Municipal de Campo Grande foi marcada pelo caso do enfermeiro atacado por paciente na tarde de ontem (11) no Caps (Centro de Assistência Psicossocial) do bairro Aero Rancho. Vereadores criticaram a falta de segurança em unidades de saúde e mobilizam pedidos para pressionar mudanças tanto no número de guardas municipais nos postos quanto na rotina dos profissionais de saúde.

Hederson Fritz (PSD), que é enfermeiro, falou em “tragédia anunciada”, que justificou “por dois motivos”. “Primeiro pela diminuição da guarda municipal das unidades em horário estendido e segundo pela redução da escala dos profissionais de enfermagem que trabalham com uma equipe mínima”, criticou.

“Não tinham pessoas suficientes para conter o paciente, o guarda precisou sair de outra unidade só tinha um guarda”, disse Fritz. Nesta manhã, durante visita ao enfermeiro que permanece internado na Santa Casa, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) anunciou que o Caps terá um guarda exclusivo. Até então, dois profissionais faziam a segurança do Caps, CRS (Centro Regional da Saúde) e UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do bairro.

O vereador criticou que os Caps, abertos 24h, não tem guardas municipais. Ele afirma ter conversado com o secretário de saúde do município, José Mauro Filho, e foi informado de que há um número de guardas disponíveis apenas para as unidades de saúde, deslocados de acordo com a prioridade definida pela própria Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).

Quem está cuidando de quem cuida? – O questionamento é da vereadora Cida Amaral (PROS) que afirma ter protocolado projeto de lei para proteger os profissionais de saúde e instituir diretrizes para prestação de auxílio, proteção e assistência a servidores públicos vítimas de violência durante o trabalho.

“Quando o servidor é agredido toda a rede é agredida”, disse ela. A vereadora também declarou ter pedido ao conselho de enfermagem a revisão do “dimensionamento” dos profissionais de saúde. “Não só a saúde, mas a guarda também precisa saber o dimensionamento. Quem está cuidando de quem cuida?”, disse.

Wellington de Oliveira (PSDB) defendeu que a guarda municipal precisa atuar na segurança dos servidores e do público do SUS e afirma que vai encaminhar ofício com pedido de mais segurança. Otávio Trad (PTB) comentou, então, que o caso “foi fato isolado, mas que requer alerta do poder público”. “O guarda deve cumprir sua função principal de segurança dos órgãos públicos”, complementou.

Entenda - Ubirajara Viana Ferreira, de 35 anos, foi atacado com canivete por um paciente do Caps Aero Rancho e está internado na Santa depois de ter sido atingido no abdômen, rosto e cotovelo esquerdo. O paciente já frequentava o espaço desde 2016, chama-se carlos Gomes da Silva, tem 34 anos, e atacou o enfermeiro quando este pegava arquivos de outros pacientes.

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