ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 31º

Política

Câmara de Vereadores de Figueirão tem maior custo per capita em MS

Marta Ferreira | 10/06/2011 16:09

O menor em população e o mais novo município de Mato Grosso do Sul, Figueirão, criado em 2003, há 8 anos, é o que tem o Legislativo que mais pesa no bolso do cidadão. Para manter os nove vereadores do Município, o gasto é estimado em R$ 250,09 por morador, com base no ano de 2009. Figueirão tem 2.928 habitantes.

O dado consta de relatório elaborado pela ONG (Observatório Social de Campo Grande), criada este ano com a promessa de fiscalizar e analisar os gastos públicos municipais.

Em Figueirão, o baixo número de moradores ajuda a explicar porque os vereadores ficam tão caros para os moradores, uma vez que o número, 9, é o mesmo para cidades que tem porte um pouco maior. Apesar de ser nova, a Câmara de Vereadores da cidade funciona em prédio próprio, construído entre 2007 e 2010.

Do outro lado-O relatório coloca Campo Grande no lugar oposto ao de Figueirão. A maior cidade, com 786 mil habitantes, tem o menor gasto per capita anual para manter os vereadores. Em 2009, o valor foi de R$ 38,22.

O documento aponta ainda gastos com educação e saúde, setores essenciais na sociedade, revela disparidades e surpresas.

O município com maior gasto per capita em saúde, em 2009, foi Jateí, com R$ 869,97. O segundo maior valor foi encontrado em Jateí, de R$ 869,97.

Nesse item, Campo Grande aparece com investimento per capita de R$ 599.

Na educação, Taquarussu tem o maior investimento, de R$ 885,39 no ano de 2009. O menor valor foi o de Aquidauana, apenas R$ 137.

A cidade também aparece no relatório como a detentora do orçamento per capita mais baixo, de R$ 661. O orçamento por morador mais alto no período foi o de Jateí, de R$ 4.187,18.

Vereadores de Figueirão em frente à sede inaugurada no ano passado; custo de mais de R$ 200 reais por morador no ano.
Vereadores de Figueirão em frente à sede inaugurada no ano passado; custo de mais de R$ 200 reais por morador no ano.

Transparência- O Observatório Social de Campo Grande reúne cerca de 40 entidades. O presidente da entidade, Hugo de Oliveira, explicou que os números são oriundos da Secretaria do Tesouro Nacional. Para ele, é a oportunidade de cada cidadão conhecer a realidade da aplicação dos recursos em seu município, principalmente na saúde, na educação e no legislativo. “Daí a conscientização de cada um exercer sua cidadania no controle social, ou seja, cada cidadão fazendo o controle dos gastos públicos”.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) está entre os entidades que integram o Observatório.

Para o presidente da Ordem no Estado, Leonardo Duarte, o acompanhamento permite ao cidadão conhecer melhor o aparato por trás das contas públicas. “E assim vamos poder ampliar e acelerar ainda mais o processo de cidadania fiscal nas cidades e contribuir significativamente para melhorar a qualidade da aplicação dos recursos públicos, ação necessária para se alcançar a verdadeira justiça social”.

Os dados podem ser conferidos no site da OAB, no endereço

Nos siga no Google Notícias