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Política

Câmara devolverá simbolicamente mandatos a Wilson Barbosa e Wilson Fadul

Da Agência Brasil | 05/12/2012 16:04
Wilson Barbosa Martins, cassado durante a ditadura, terá mandato devolvido simbolicamente. (Foto: Marcelo Victor)
Wilson Barbosa Martins, cassado durante a ditadura, terá mandato devolvido simbolicamente. (Foto: Marcelo Victor)

Cento e setenta e três deputados cassados sem o devido processo legal entre 1964 e 1977, durante o período da ditadura militar no Brasil (1964-1985), terão os mandatos devolvidos simbolicamente, durante solenidade amanhã (6), na Câmara dos Deputados. Entre eles, estão dois nomes de Mato Grosso do Sul, do ex-governador Wilson Barbosa Martins (PMDB), e do ex-prefeito de Campo Grande e ex-ministro da Saúde no Governo João Goulart, ambos deputados pelo Mato Grosso uno, cassados no período.

Wilson Fadul faleceu em 2011 e a entrega devolução simbólica deverá ser feita a parentes dele. A iniciativa é da Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, que integra a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, pretende resgatar a história e a importância dos parlamentares eleitos pelo povo e impedidos de exercer o mandato.


A presidenta da comissão parlamentar, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), lamentou que entre os deputados cassados menos de 30 estejam vivos. Ela informou que 17 deles já confirmaram presença no evento.
Para o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Claudio Fonteles, trata-se de um ato de “extrema grandeza”. A comissão apura as violações de direitos humanos praticadas por agentes públicos no período da ditadura militar.


Wilson Fadul, falecido em 2011, terá mandato devolvido simbolicamente. (Foto: Arquivo/PDT)
Wilson Fadul, falecido em 2011, terá mandato devolvido simbolicamente. (Foto: Arquivo/PDT)


“Significa restaurar pessoas que, por fidelidade ao seus mandatos e por manifestarem coerência a suas posições político-ideológicas, sofreram um ato de subversão total”, avaliou.

Durante a homenagem, serão entregues aos ex-deputados ou a seus parentes documento em forma de diploma e broche de uso parlamentar. Logo após a sessão solene, será inaugurada a exposição Parlamento Mutilado: Deputados Federais Cassados pela Ditadura de 1964 e lançado livro de mesmo nome, assinado pelos consultores legislativos Márcio Rabat e Débora Bithiah de Azevedo.

A exposição, que será montada no corredor de acesso ao plenário e no hall da Taquigrafia, reúne imagens que retratam os momentos mais tensos vividos pelo Congresso Nacional entre 1964 e 1985. O destaque da mostra é o painel A verdade ainda que tardia, do artista plástico Elifas Andreato, que compôs uma visão sobre a repressão e a resistência nos chamados anos de chumbo.

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