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Política

Câmara questiona competência de secretários e pede explicações

Kleber Clajus | 07/04/2015 14:25
Presidente da Câmara, Mario Cesar, questionou queda de receita por falha da "administração municipal" (Foto: Izaias Medeiros / CMCG)
Presidente da Câmara, Mario Cesar, questionou queda de receita por falha da "administração municipal" (Foto: Izaias Medeiros / CMCG)

O cenário de crise econômica e ausência de transparência nos gastos públicos levaram os vereadores de Campo Grande a questionar, nesta terça-feira (7), a competência dos titulares da Semad (Secretaria Municipal de Administração), Wilson do Prado, e Seplanfic (Secretaria de Planejamento Finanças e Controle), André Scaff. Ambos devem ser convidados a esclarecer a real profundidade dos problemas financeiros enfrentados pelo município, bem como apresentar detalhes de plano de contenção de despesas em vigor.

Mario Cesar (PMDB), presidente da Câmara Municipal, iniciou os questionamentos pela falha em se colocar leis aprovadas em prática, além do fato de se associar os ajustes nas categorias de saúde e educação como justificativa ao reajuste dos servidores. “A Prefeitura permeia suas ações naquilo que lhe convém. Existe grande circo no que tange as finanças de Campo Grande, porque como é que posso montar equipe para receber as categorias em suas reivindicações de aumento futuro se não consigo resolver as situações presentes?”

Com previsão de déficit de R$ 339 milhões em receitas, o peemedebista relembra que foi a “incompetência dessa administração” que resultou na perda de R$ 36 milhões resultantes do rateio do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). O atual índice de 21,40 poderia ser ampliado para 23,01, não fosse desatenção da equipe econômica que não recorreu no prazo definido pela Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) de valor provisório e amargou queda de 4%.

Ao questionarem a real profundidade da crise, Thaís Helena (PT) e Carla Stephanini (PMDB) pontuaram que com o Portal da Transparência desatualizado desde dezembro e informações sem detalhamento fica difícil saber onde e como estão sendo gastos os recursos públicos.

Até mesmo o corte de comissionados, pauta levantada por Luiza Ribeiro (PPS), foi relembrada por Mario Cesar como alternativa para o equilíbrio das contas diante de uma “Campo Grande parada por dois anos e meio e sem projetos novos feitos por essa administração”.

Edil Albuquerque (PMDB), líder do Executivo na Casa de Leis, se limitou a dizer que acredita no prefeito Gilmar Olarte (PP) e sua equipe, mas que “há um nível de exigência muito grande e temos que compreender a situação que o município enfrenta”. Como exemplo dos efeitos da redução de arrecadação citou necessidade de empréstimo de R$ 9 milhões, concedido pela Caixa Econômica Federal, para contrapartida de obras de pavimentação e drenagem que deveriam ser bancadas pelo caixa da Prefeitura.

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