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Política

Cantor diz que sigilo de “muita gente que sorri” será quebrado

Fernanda França | 16/12/2010 17:31

Depois de renunciar, ex vice-prefeito posta enigmas no Twitter

Carlinhos Cantor diz que "cabeça" do golpe ainda vai aparecer. (Foto: Divulgação).
Carlinhos Cantor diz que "cabeça" do golpe ainda vai aparecer. (Foto: Divulgação).

Ex vice-prefeito de Dourados, Carlinhos Cantor (PR) começou a soltar mensagens sugestivas em seu Twitter, após 90 dias de prisão por envolvimento em esquema de fraude em licitações e pagamento de propina.

“Ainda vai ser quebrado o segredo de Justiça de muita gente que hoje sorri, mas no travesseiro chora. Eu sei o que estou falando”, diz Cantor em uma dessas mensagens.

Ele cita nomes em suas postagens, mas deixa claro que um golpe foi armado para que ele e o ex-prefeito Ari Artuzi (expulso do PDT) fossem derrubados dos cargos.

“Você percebeu o detalhe? A gravação que tenta me incriminar foi feita em 2008. E só olhar na imagem a data. É um trabalho para jornalismo investigativo, mas vai aparecer o nome do idealizador do golpe”, disse a um jornalista, via Twitter.

Durante sua primeira entrevista na TV, após sair da cadeia, Ari Artuzi saiu com o mesmo discurso. Disse que as gravações de vídeo foram feitas pelo jornalista Eleandro Passaia a mando de outra pessoa, e não da Polícia Federal.

Carlinhos Cantor também disse no Twitter que logo começará a “contra-atacar”, pois está cansado “de gente falar o que não sabe ou não quer saber e posar de santo”.

“Dourados é uma cidade pequena ainda, todo mundo se conhece, eu militei muito tempo nesse negócio de política e conheço o jogo. Em política e diante de Deus não se esconde nada, tem muita hipocrisia escondida”, disse, em outra mensagem sugestiva.

Segundo Cantor, uma hora ou outra a verdade vai “vazar” e os verdadeiros culpados neste esquema de corrupção vão parar atrás das grades.

“Tem muita coisa que não foi mostrada, não sei por que, mas uma hora alguém vaza, aí quero ver se vão dar a mesma ênfase”, sugeriu.

Entenda o caso

Cantor, Artuzi, a primeira-dama, Maria Aparecida de Freitas Artuzi, o então presidente da Câmara, Sidlei Alves, e mais 8 vereadores, além de empresários e secretários municipais, foram presos no dia 1º de setembro pela Polícia Federal

Eles são acusados de envolvimento em esquema de fraude em licitações, desvio de dinheiro público e pagamento de propina.

A Polícia Federal de Dourados, por meio da Operação Uragano, descobriu que Artuzi cobrava entre 10% e 15% de propina por cada contrato assinado para empresas se instalarem na cidade.

Vários vereadores foram filmados recebendo propina para aprovar projetos de interesse da prefeitura. Depois da renúncia de Artuzi e Cantor, Dourados terá a oportunidade de eleger um novo prefeito para mandato “tampão”, em fevereiro do ano que vem.

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