ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no X Campo Grande News no Instagram Campo Grande News no TikTok Campo Grande News no Youtube
OUTUBRO, QUARTA  08    CAMPO GRANDE 30º

Política

Com aval da CCJR, projeto eleva gratificação para concursados no MP

Proposta enviada pela PGJ atende a pedido de servidores e deve custar R$ 1,1 milhão ao ano.

Por Maristela Brunetto | 08/10/2025 12:20

Com aval da CCJR, projeto eleva gratificação para concursados no MP
PGJ enviou projeto para aumentar gratificação de concursados que ocupem funções especiais (Foto: Arquivo/ Juliao Almeida)

RESUMO

Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul apresentou projeto que aumenta em 25% a gratificação paga a servidores efetivos que ocupam funções especiais. A proposta, que recebeu aval da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa, deve impactar a folha em R$ 1,1 milhão ao ano. O projeto altera o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, elevando de 40% para 50% o adicional sobre o vencimento base. A medida visa equiparar os valores pagos a concursados e comissionados, beneficiando ativos e inativos. Em contrapartida, alguns adicionais, como periculosidade e insalubridade, terão limitações para manter o equilíbrio orçamentário.

Com o aval da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) da Assembleia Legislativa, deve seguir para a inclusão em pauta de votação um projeto apresentado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) que eleva em 25% uma gratificação a ser paga a servidores efetivos, com previsão de incrementar a folha em R$ 1,1 milhão ao ano. Ele eleva de 40% para 50% sobre o vencimento base um adicional para igualar a condição dos concursados em funções especiais a comissionados.

O projeto foi encaminhado no final de setembro e altera trechos da Lei nº 4.134, de 2011, sobre o PCCR (Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações) dos servidores. Pela mensagem que acompanha o projeto, valores que hoje constam como gratificações e adicionais deixariam de funcionar como tais e passariam a ser incorporados à remuneração, que passaria a ter valor único. Gratificações pagas por produtividade e dedicação integral para concursados com funções especiais subiriam em 25%. O texto, apresentado pelo procurador-geral de Justiça, Romão Avila Milhan Júnior, aponta que é uma forma de igualar o valor para efetivos e comissionados. O impacto beneficiaria ativos e inativos.

Para alcançar o equilíbrio com o aumento da despesa, alguns adicionais sofrerão limitação. No caso de periculosidade, penosidade e insalubridade, o limite será de 15% sobre o vencimento; o valor por hora de serviço extraordinário ficará restrito a 25% sobre a hora normal, com máximo de 2 h por dia, e a gratificação por diligências será de até 10% do vencimento.

Na mensagem, Milhan Júnior afirma que atende a um pedido do Sinsemp (Sindicato dos Servidores do MPMS). Ele explica que, sobre a gratificação sobre a qual já incidia o desconto previdenciário, haverá a incorporação, uma mudança de natureza “para corrigir eventuais distorções”. A justificativa é que a medida vai “evitar interpretação restritiva” que prejudique os servidores quando estiverem aposentados, uma vez que pagam contribuição sobre o valor. A alíquota é de 14% para o regime próprio dos servidores estaduais, gerido pela Ageprev.

Para atender aos servidores, o texto da lei passa a permitir que os concursados possam optar entre a própria remuneração com as gratificações a que têm direito e o valor atribuído a função comissionada que eventualmente ocupem. O procurador aponta, ao final, que as alterações “são adequadas e convenientes”, por estarem dentro dos parâmetros orçamentários da instituição.

Foi feito um estudo técnico sobre o impacto da incorporação da gratificação e limitação de outras para assegurar o equilíbrio. O documento acompanha o projeto e a mensagem do procurador-geral e detalha como a elevação do percentual para os efetivos se equipararem aos comissionados, com acréscimo de 25%- referente ao aumento de 40% para 50% sobre o vencimento- chegaria a R$ 1,1 milhão ao ano. O levantamento traz tabelas com as diversas remunerações pagas pela instituição, começando pela menor, de R$ 3.191,60, até a maior, de analista classe A, de R$ 22.181,68, além de uma que lista todas as funções que podem se beneficiar e quanto cada uma ganharia com o acréscimo da gratificação. O estudo, de 2024, projeta as despesas totais do MP com folha em R$ 320 milhões para o ano e em R$ 351,5 milhões para 2025.