ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 27º

Política

Com desistência de dois vereadores, CPI da Folia não vinga na Câmara

Francisco Júnior e Kleber Clajus | 03/06/2014 11:38
CPI não vingou na Câmara. (Foto: Kleber Clajus)
CPI não vingou na Câmara. (Foto: Kleber Clajus)

Com a desistência de dois vereadores, não vingou na Câmara a CPI (Comissão Parlamentar de Inquerito) da Folia, que iria investigar suposto superfaturamento na contração de artistas para o Carnaval deste ano em Campo Grande.

Com a desistência dos vereadores Delei Penheiro (PSC) e Carlos Augusto Borges (PSB), o Carlão, não foi alcançado o número mínimo de assinaturas exigidos para abertura da CPI, que é de 10 assinaturas. Antes, com o apoio dos três desistentes, a CPI tinha um total de 11 parlamentares favoráveis.

Carlão justificou sua desistência alegando que se fosse aberta, a CPI teria cunho político desnecessário, uma vez que a casa já saiu de um processo similar que resultou na cassação do ex-prefeito Alcides Bernal. “ O momento não é oportuno para uma investigação já iniciada junto ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado”, afirmou.

Vanderlei Cabeludo, que não assinou o documento para abertura da comissão, manifestou-se e disse que e era necessário “ deixar o Ministério Público fazer o seu trabalho”.

Já Delei Pinheiro ao se justificar causou uma insatisfação nos proponentes da CPI: Chiquinho Telles e Paulo Siufi. Declarou que não havia sido convencido com provas sobre a necessidade da abertura da comissão.

O líder do prefeito na Câmara João Rocha chegou a recomendar aos vereadores cautela quanto ao tema relatando que o executivo já tomou todas as medidas necessárias para que a investigação seja realizada e ao mesmo tempo as falhas, como o não pagamento de R$ 140 mil a artistas locais, possam ser sanadas.

Chiquiniho Teles disse que mesmo que a CPI não seja aberta irá chamar para sí a responsabilidade de continuar investigando a contratação, por exemplo, do grupo do Terra Samba por R$ 231 mil e a intermediação da empresa Eco Vida Prestadora de Serviços Ltda como “atravessadora do processo de contratação de artistas”.

“A CPI não prejudicaria em nada os trabalhos na fundação (Fundac - Fundação Municipal de Cultura), mas causa preocupação como os contratos foram feitos não apenas no periodo do Carnaval”. Ele falou que a comissão de cultura irá avaliar a empresa que “plantava grama” e recebeu num prazo de 65 dias um R$ 1,5 milhão da Fundac.

Siufi falou que o Ministério Público que vai ter provar as irregulares que houveram e foram constatadas por auditoria na Fundac. “ Não abrir a CPI faz parte do jogo político, agora falar que não tem prova substancial isso não existe”, contestou.

(Matéria editada para correção de informação)

Nos siga no Google Notícias