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Política

Com reajuste de 7%, Fetems pretende "queimar" deputados

Redação | 31/03/2010 10:12

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS) pretende divulgar os nomes dos deputados que votaram a favor do projeto de reajuste de 7% para os servidores administrativos da Educação nas escolas. A entidade pretende colar cartazes chamando os parlamentares de "traidores".

O presidente da Fetems, Jaime Teixeira, disse que a partir da semana que vem irá distribuir cartazes nas escolas da rede estadual com a foto dos deputados que votaram a favor do projeto. "Vamos divulgar quem aprovou essa merreca", ameaçou Teixeira. O Estado tem 4.200 servidores administrativos da Educação.

Os servidores solicitaram ontem ao líder do governo na Assembléia, deputado Youssif Domingos (PMDB), que houvesse uma reunião com o governador André Puccinelli (PMDB) para aumentar o 7% de reajuste salarial, mas não obtiveram resposta.

Youssif disse que procurou Jaime Teixeira, por volta das 18h de ontem, mas este não respondeu ao contato.

O presidente da Fetems explicou que conversou com a bancada do PT, para que concorde com o acordo de lideranças para que o projeto de reajuste seja votado hoje. "Caso o projeto não tramite hoje irá prejudicar as categorias incluídas no projeto, que são várias", explicou.

Youssif Domingos também comentou que mais de 20 mil servidores são contemplados nesse projeto e não poderia segurar a votação.

Chicote - Ontem, alguns deputados tentaram abrir um canal de comunicação entre o governador e os administrativos, mas não obtiveram êxito.

"Isso mostra que a independência dos poderes é uma falácia, os deputados agem sob o chicote do governador", reclamou Jaime Teixeira.

A reunião não foi cogitada pelo governador. André se mostrou irritado com a manifestação de ontem e ainda avisou que vai cortar o ponto de quem deixou de trabalhar para ir até a Assembléia acompanhar a votação.

O governador respondeu as criticas dizendo que para haver negociação, Jaime terá de se desfiliar do PT, demonstrando que as manifestações teriam vocação partidária.

"A maioria dos manifestantes é petista, eles são liderados por petistas", contou André.

Quanto ao fato de vários ônibus terem sido barrados nas estradas, Puccinelli disse que isso é decorrente da Operação Semana Santa, mas confirmou que o bloqueio do Parque dos Poderes foi determinado por ele. "O Parque dos Poderes quem mandou fechar fui eu mesmo", disse.

Ontem mais de 500 servidores lotaram a Assembléia Legislativa e o projeto de reajuste foi retirado da pauta de votação. A estimativa é que 250 manifestantes tenham sido barrados nas estradas

Hoje, o Parque dos Poderes continua com vários policiais em seus acessos. Porém, não há nenhum manifestante na sessão da Assembléia de hoje.

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