ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 24º

Política

Comissão inicia trabalho buscando informações na Justiça

Legislativo criou comissão para buscar solução sobre despejo até o dia 29, data em que sai decisão do TJ

Carlos Martins | 07/01/2013 12:30
Justiça define dia 29 ação de despejo da Câmara Municipal (Foto: Luciano Muta)
Justiça define dia 29 ação de despejo da Câmara Municipal (Foto: Luciano Muta)

A Comissão Especial nomeada pela Câmara Municipal de Campo Grande para tratar com o Executivo sobre a ação de despejo do prédio que abriga o Legislativo já entrou em contato com o Tribunal de Justiça em busca de informações sobre o processo. A nomeação da comissão, composta por seis vereadores, deve ser publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, 7. Na última sexta-feira, os vereadores já fizeram uma reunião à tarde para discutir as estratégias.

“Pedimos audiência com o Tribunal e estamos no aguardo da resposta. Só sabemos de ouvir dizer, estamos partido do zero, queremos saber detalhes do processo”, disse hoje o vereador Edil Albuquerque (PMDB), que integra a comissão ao lado dos vereadores Airton Saraiva (DEM), Elizeu Dionísio (PSL), Carlão (PSB), Otávio Trad (PTdoB) e Paulo Pedra (PDT).

O presidente da Câmara, vereador Mário César (PMDB), disse que até agora não conseguiu conversar com o prefeito Alcides Bernal sobre o assunto, já que é ação que corre na Justiça envolve o Executivo, já que a Câmara não tem personalidade jurídica. “Logo após minha posse, enviei um ofício para o prefeito para marcarmos uma reunião, mas até agora não recebi resposta. Hoje vou mandar outro ofício”, disse o presidente.

A solução para o caso tem que sair até o dia 29 de janeiro, já que a ação, julgada no dia 11 de dezembro passado, teve dois dos três desembargadores que compõem a Turma votando a favor do despejo. O último voto será proferido no dia 29 pelo presidente da 3ª Câmara Civil, desembargador Marco André Nogueira Hanson, que pediu vistas ao processo.

O trabalho da Comissão Especial envolve se inteirar do andamento do processo e também buscar uma solução via Executivo. “Decidimos criar esta comissão para não ficarmos de braços cruzados esperando a coisa acontecer. Embora seja dever do Executivo dar condições a todos os órgãos do município. Vamos em busca de uma solução para este imbróglio”, disse César.

Segundo o presidente Mário César, uma alternativa seria fazer a desapropriação do prédio, pagando ao proprietário, a Haddad Engenheiros Ltda, o valor pedido, e depois discutir o pagamento do débito pendente. “O primeiro plano é permanecer aqui o maior tempo possível. Estamos antecipando essa conversa para não esperar a decisão do dia 29 e ver o que vai acontecer. Vamos procurar o proprietário do imóvel para ver que tipo de proposta pode ser realizado nesse período e achar um caminho para solucionar o caso”, disse Mário César.

Já existe uma lei municipal que declarou o prédio da Câmara como de utilidade público para fins de desapropriação. È a Lei nº 4.568, de autoria do vereador Edil Albuquerque, sancionada em 14 de dezembro de 2007 pelo então prefeito Nelson Trad Filho. Para que isso aconteça, basta o prefeito Alcides Bernal decretar a desapropriação e depositar o valor na conta do proprietário. “A meu ver, a desapropriação é o melhor caminho, porque interrompe a ação de despejo. Paga-se o valor e se discute os valores dos aluguéis atrasados”, disse Mário César.

O contrato firmado em 1999 entre a Câmara e o proprietário estipulava um aluguel no valor de R$ 35 mil. Em 2001, por causa de uma ação popular, que considerava alto o valor, o Ministério Público estabeleceu o valor de R$ 13 mil. De acordo com o chefe de gabinete da Câmara, André Luiz Scaff, de 2001 a 2005, quando terminou o contrato, depositou-se em juízo o valor de R$ 22 mil (a diferença entre 35 mil e o valor de 13 mil). Com o término do contrato em 2005, como a ação de despejo envolvia o Executivo, os alugueis deixaram de ser pagos. O valor atrasado, incluindo juros e multas, é estimado em cerca de R$ 11 milhões.

"Embora responsabilidade seja do Executivo, Câmara não pode ficar de braças cruzados", diz presidente da Câmara, vereador Mário César (Foto: Luciano Muta)
"Embora responsabilidade seja do Executivo, Câmara não pode ficar de braças cruzados", diz presidente da Câmara, vereador Mário César (Foto: Luciano Muta)
Reforma nos gabinetes para os oito novos vereadores está sendo finalizada; móveis já foram comprados (Foto: Luciano Muta)
Reforma nos gabinetes para os oito novos vereadores está sendo finalizada; móveis já foram comprados (Foto: Luciano Muta)

Novos gabinetes – Para acomodar os oito novos vereadores eleitos, que perfazem um total de 29 vereadores eleitos para a 9ª Legislatura, oito novos gabinetes estão sendo providenciados no andar superior do prédio da Câmara, localizado na Avenida Ricardo Brandão. 1600. Na parte superior funciona os setores administrativos do Legislativo e a solução encontrada foi diminuir os espaço ocupados. Cada gabinete tem recepção, ante-sala e a sala do vereador com banheiro. “A parte de infraestrutura já está pronta, estamos finalizando alguns serviços de pintura e a parte de informática. Os móveis já chegaram”, informou o presidente da Casa.

Nos siga no Google Notícias