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Política

Conselho de Ética inicia depoimentos que podem levar à suspensão de Pollon

Processo tem como alvos três parlamentares envolvidos no motim que bloqueou o funcionamento do plenário

Por Ângela Kempfer | 09/12/2025 08:47
Conselho de Ética inicia depoimentos que podem levar à suspensão de Pollon
Em agosto deste ano, o grupo bolsonarista ocupou as cadeiras da mesa diretora (foto: reprodução)

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abre nesta terça-feira (9) a fase de oitivas nos processos disciplinares que investigam três parlamentares envolvidos no motim que bloqueou o funcionamento do plenário por mais de 30 horas, no mês de agosto, em protesto à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os investigados está o deputado federal sul-mato-grossense Marcos Pollon (PL).

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O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados inicia a fase de depoimentos nos processos disciplinares contra três parlamentares envolvidos em um protesto que paralisou o plenário por mais de 30 horas em agosto. Entre os investigados está o deputado Marcos Pollon (PL-MS), que responde a dois processos distintos.O grupo bolsonarista ocupou as cadeiras da mesa diretora em protesto à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, exigindo a votação do "pacote da paz", que incluía anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A Corregedoria da Câmara recomendou a suspensão dos parlamentares envolvidos.

A única oitiva confirmada até agora é a do deputado Coronel Meira, do PL-PE, testemunha arrolada por Pollon. Parlamentares ligados a Marcel van Hattem, do Novo-RS, também devem apresentar nomes. O outro envolvido é Zé Trovão do PL-SC.

A investigação apura o papel dos três durante a ocupação do plenário no início de agosto, quando o grupo impediu a mesa diretora de assumir os trabalhos. A Mesa enviou ao Conselho representações contra Pollon, van Hattem e Zé Trovão, pedindo a suspensão do grupo, recomendação feita pela Corregedoria da Câmara e acolhida pela direção da Casa.

O caso de Pollon, ele responde simultaneamente a dois processos: em um é acusado de obstruir a condução dos trabalhos ao se sentar na cadeira da vice-presidência; e outro, separado, que pede suspensão de 90 dias por declarações consideradas ofensivas contra o presidente da Câmara, Hugo Motta, do Republicanos-PB.

Em agosto deste ano, o grupo bolsonarista tentou pressionar os presidentes das duas Casas, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), a colocarem em votação um conjunto de propostas que chamam de “pacote da paz”. Entre os itens que compõem a pauta exigida estava a anistia irrestrita aos golpistas do 8 de Janeiro.

A abertura das oitivas marca uma fase decisiva para o Conselho, que agora passa a confrontar versões, revisar a conduta dos parlamentares e medir o impacto político de possíveis suspensões.