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Política

Coronel David diz ter sido "expulso" das decisões do PSL em MS

Deputado alega que não está sendo convidado para as reuniões e que nova direção "fechou as portas" para ele

Leonardo Rocha | 27/02/2019 13:00
Deputado Carlos Alberto David, o Coronel David, durante sessão (Foto: Assessoria/ALMS)
Deputado Carlos Alberto David, o Coronel David, durante sessão (Foto: Assessoria/ALMS)

O deputado Carlos Alberto David (PSL), o Coronel David, diz estar fora das decisões e reuniões do PSL, em Mato Grosso do Sul. O parlamentar alega que a nova direção provisória, encabeçada pela senadora Soraya Thronicke (PSL), “fechou as portas” para sua participação em reuniões e conversas sobre o futuro da legenda.

Ele contou que após a saída de Rodolfo Nogueira, ex-presidente regional, não tem tido participação na sigla. “Já houve uma primeira reunião da executiva estadual, mas não me convidaram. Sinto que as portas estão fechadas, mas vou continuar visitando minhas bases (eleitorais) e defendendo o nome de (Jair) Bolsonaro”.

David diz que ajudou a reconstruir o partido no Estado, na preparação para 2018, mas que assim como em outros estados, a legenda está dividida. “Houve uma decisão do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, que mudou toda direção. Várias lideranças que vieram com o Bolsonaro estão insatisfeitas com estas situações”.

O deputado diz que espera uma “saída” para este impasse na legenda, que está com Soraya, além dos deputados Loester Carlos Gomes e Renan Contar. O impasse começou durante a campanha, quando a senadora “rompeu” com Rodolfo Nogueira, seu suplente e presidente da legenda. Ela o acusou de “ameaças”, registrando até boletim de ocorrência.

Senadora Soraya Throniche está no comando do PSL (Foto: Paulo Francis - Arquivo)
Senadora Soraya Throniche está no comando do PSL (Foto: Paulo Francis - Arquivo)

Soraya chegou a pedir à Justiça Eleitoral o impedimento de Rodolfo (Nogueira) em assumir a suplência (Senado), o que foi negado diante da indissolubilidade da chapa. No conseguiu ao menos o controle do partido, colocando na direção, lideranças do seu grupo político.

Sobre o impasse, Rodolfo preferiu não polemizar, dizendo que “cumpriu sua missão”, ao organizar o partido para campanha, que teve bons resultados nas urnas.

“Deixei o cargo no dia 31 de de-zembro (presidente) e não tenho mais nada haver com a direção”. O ex-dirigente alega que não apenas (Coronel) David, mas o deputado federal Luiz Ovando (PSL), deveriam ter espaço nas decisões e comando da legenda.

“Eles foram importantes na construção da legenda, o David inclusive com relação direta com o Bolsonaro, contribuindo muito durante a campanha. Já o Luiz Ovando é um deputado federal, que deveria ter espaço e peso dentro da sigla”, pontuou.

Entramos em contato com a senadora, mas até o fechamento da reportagem ela não atendeu as ligações. Sobre o tema, Soraya tinha declarado anteriormente que era natural a “divergência de ideias” dentro da legenda, e que se tratava apenas “formas diferentes de fazer política”.

Também disse que ficaria no comando do partido, enquanto fosse necessário e que a direção estava com “pessoas de sua confiança”, mas que as decisões estavam sendo tomadas de forma coletiva. “Não faço nada sozinha”.

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