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Política

Soraya afirma que segue à frente do PSL em MS “enquanto for necessário”

Senadora assumiu comando da Executiva estadual em meio a imbróglio envolvendo seu suplente, a quem denunciou por ameaça durante as eleições

Humberto Marques | 07/02/2019 22:15
Presidente da Executiva provisória do PSL-MS, Soraya Thronicke (à direita, ao lado de Tasso Jereissati e com Simone Tebet e Nelsinho Trad) diz que comandará a legenda pelo tempo que for preciso. (Foto: Paulo Francis)
Presidente da Executiva provisória do PSL-MS, Soraya Thronicke (à direita, ao lado de Tasso Jereissati e com Simone Tebet e Nelsinho Trad) diz que comandará a legenda pelo tempo que for preciso. (Foto: Paulo Francis)

Recém-empossada senadora por Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke seguirá no comando do PSL “enquanto for necessário”. A afirmação foi dada ao Campo Grande News na noite desta sexta-feira (7), durante evento para inauguração de um Centro de Eventos no Shopping Bosque dos Ipês. A parlamentar reiterou que o comando da agremiação segue com o grupo liderado por ela, o deputado federal Loester Carlos (Tio Trutis, presidente municipal) e o deputado estadual Capitão Contar, depois do imbróglio envolvendo Rodolfo Nogueira, ex-dirigente estadual da legenda e primeiro suplente de Soraya.

Rodolfo foi acusado por Soraya de lhe proferir ameaças durante o processo eleitoral, conforme registrado em ocorrência policial –depois de a então candidata questionar os rumos adotados pelo PSL no Estado e procurar a Executiva nacional para obter informações. Ela chegou a pedir à Justiça Eleitoral o impedimento de Rodolfo em assumir a suplência, o que foi negado diante da indissolubilidade da chapa.

O impasse, porém, avançou para o período pós-eleitoral. Eleita para a segunda vaga de senador no Estado, Soraya acabou assumindo a direção provisória da Executiva do PSL ao lado de seu grupo. Embora com integrantes eleitos do partido ocupando postos-chave na sua direção, nomes como o do deputado estadual Coronel David e do deputado federal Luiz Ovando ficaram fora –conforme apurou a reportagem, ambos teriam optado por não participar da nova direção.

“Fico (na Executiva do partido) enquanto for necessário. A direção terá pessoas da minha confiança, então, enquanto necessário, irei ficar. Mas a Executiva está trabalhando conjuntamente. Tudo é decidido com todos os membros. Não faço nada sozinha”, garantiu Soraya –que em 2018 estreou em processos eleitorais, após participação em protestos de rua durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.

Naturalidade – Questionada sobre os conflitos internos no PSL, tanto regionalmente como em caráter nacional –a legenda é formada por muitos nomes sem experiência eleitoral anterior e viu integrantes se confrontarem internamente–, Soraya considerou a situação natural, comparando-a ao recente embate no MDB envolvendo a senadora Simone Tebet e o alagoano Renan Calheiros, que teve como objeto as presidências do Senado e, depois, da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

“É natural quando as pessoas divergem de ideias. Entendo que são apenas formas diferentes de fazer política, então, não vejo nada de errado. Em todas as famílias, onde há gente que se ama, isso acontece”, afirmou, reforçando que “é questão apenas de cada um seguir o seu caminho, respeitando as diferenças dos outros”.

Ela considerou, ainda, que novos nomes tem unido sua pauta de trabalho com a análise da atuação de colegas mais antigos no parlamento –citando o tucano Tasso Jereissati (CE), com quem voltou a Campo Grande nesta quinta ao lado dos colegas Nelsinho Trad (PSD) e Simone Tebet (MDB) como exemplo e reforçando que, no PSL, “os novos terão espaço. Isso vai acontecer e 2020 promete”.

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