Corregedoria confirma pedido de suspensão do mandato de Camila Jara
Lideranças do PL e Novo acusam parlamentar do PT de agressão durante tumulto na Mesa Diretora

Corregedoria da Câmara dos Deputados confirmou, no início da noite desta segunda-feira (11), o recebimento do pedido de suspensão do mandato da deputada federal Camila Jara (PT). O documento foi apresentado diretamente pelas lideranças do PL (Partido Liberal) e do Novo, sem passar pela Presidência da Casa, o que explica a ausência do nome da parlamentar na primeira lista divulgada pela Mesa Diretora.
RESUMO
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Corregedoria da Câmara analisa pedido de suspensão do mandato de Camila Jara (PT). A solicitação, protocolada por PL e Novo, acusa a deputada de agredir Nikolas Ferreira (PL-MG) durante tumulto na sessão de 6 de agosto. O pedido foi entregue diretamente à Corregedoria, sem passar pela Presidência da Casa, o que justifica sua ausência na lista inicial de processos divulgada. A deputada nega a acusação e afirma estar em tratamento contra um câncer. A Corregedoria informou que, apesar do trâmite inicial diferenciado, o processo seguirá o rito padrão, com análise de imagens e provas. O episódio do dia 6 de agosto resultou em representações contra 14 deputados, incluindo Marcos Pollon (PL-MS), cuja suspensão de até seis meses foi recomendada pelo presidente da Câmara.
O pedido formalizado pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), acusa Camila de ter agredido o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante um empurra-empurra na tomada da Mesa Diretora, na sessão tumultuada do dia 6 de agosto.
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Em nota, a Corregedoria esclareceu que, apesar do procedimento ter iniciado de forma diferente, a tramitação seguirá o rito padrão, com análise das imagens e demais provas para avaliar a ocorrência da agressão.
Camila Jara nega a acusação e, por meio da assessoria, afirmou que foi injustamente acusada de "nocaute" e ressaltou estar em tratamento contra um câncer.
Veja a íntegra do comunicado:
A corregedoria recebeu um pedido das lideranças do PL e do Novo em desfavor da deputada Camila Jara. Provavelmente a imprensa não tenha noticiado porque este processo foi entregue pelas referidas lideranças diretamente à corregedoria parlamentar, ou seja, não passou previamente pela presidência da casa. Sendo assim, não poderia constar na lista de processos encaminhados pelo presidente. "Embora o início do processo tenha se dado de forma diversa dos demais casos, a tramitação, a partir da análise do corregedor, segue o mesmo rito processual", diz o texto obtido pelo portal Poder 360.
A representações recebidas pela Mesa Diretora contra 14 deputados envolvidos no episódio foram encaminhada à Corregedoria por Hugo Motta na última sexta (8). "A fim de permitir a devida apuração do ocorrido, decidiu-se pelo imediato encaminhamento de todas as denúncias à Corregedoria Parlamentar para a devida análise", disse em nota a Mesa Diretora.
Já faz parte da lista o deputado Marcos Pollon (PL), de Mato Grosso do Sul. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), havia decidido recomendar ao Conselho de Ética o seu afastamento por até seis meses. A punição sugerida é considerada severa.
Pollon foi o último a deixar a cadeira da presidência da Câmara, ocupada irregularmente durante o tumulto. Dias antes, havia chamado Motta de “bosta” e “baixinho de um metro e 60”.
Em vídeo, Pollon justificou ser autista e afirmou que, no momento da confusão, não compreendia a situação, seguindo apenas um acordo prévio que, segundo ele, não teria sido cumprido.
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