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Política

Deputado diz que entidade da Igreja financiou invasão que destruiu fazenda

Coronel Davi disse que o CIMI custeou ônibus utilizados na ação.

Por José Cruz | 29/10/2025 14:43
Deputado diz que entidade da Igreja financiou invasão que destruiu fazenda
Deputado coronel Davi apresentou documentos que, segundo ele, comprovam o pagamento do transporte dos indígenas até a fazenda. (Foto divulgação)

O deputado estadual Carlos Alberto David dos Santos, o coronel David (PL) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (29), para acusar o CIMI (Conselho Indigenista Missionário), ligado à CNBB, de financiar o transporte de indígenas que participaram da invasão que destruiu a Fazenda Ipuitã, em Caarapó, no último sábado (25). Segundo o parlamentar, documentos apresentados em plenário comprovariam que a entidade custeou ônibus utilizados na ação para levar grupo de 15 pessoas.

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O deputado estadual Coronel David (PL) acusou o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), entidade ligada à CNBB, de financiar o transporte de indígenas que invadiram e destruíram a Fazenda Ipuitã, em Caarapó, Mato Grosso do Sul. Durante sessão na Assembleia Legislativa, o parlamentar apresentou documentos que comprovariam o custeio de ônibus utilizados na ação. A invasão resultou em estruturas incendiadas e roubo de gado. O deputado, que preside a Comissão de Segurança Pública, relacionou o episódio a disputas internas pela coordenação regional da Funai em Dourados e solicitou investigações à Polícia Federal e à Secretaria de Justiça e Segurança Pública do estado.

“É uma vergonha ver organização ligada à Igreja Católica bancando ação criminosa”, criticou o deputado, que preside a Comissão de Segurança Pública e coordena a Frente Parlamentar Invasão Zero. Ele afirmou que a invasão não se trata apenas de ocupação ilegal, mas de operação articulada para gerar instabilidade política na região sul do Estado.

Coronel David relacionou o episódio a uma disputa interna pela coordenação regional da Funai em Dourados. De acordo com ele, grupos radicais teriam tentado assumir o comando do órgão e criado um ambiente de tensão para desgastar o coordenador nomeado recentemente. “Criaram uma situação de radicalização para travar negociações e indenizações aos proprietários”, declarou.

No ataque, a fazenda teve estruturas incendiadas e gado levado pelos invasores, conforme boletins feitos pelos proprietários. Policiais militares que atuaram na ocorrência foram recebidos com agressões e fogos de artifício, segundo o parlamentar.

Para que o caso seja apurado, o deputado apresentou dois requerimentos. Um foi enviado ao superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul, solicitando investigação sobre o possível financiamento da ação e identificação dos responsáveis. O outro, ao secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, pede abertura de inquérito para apurar crimes como incêndio criminoso, furto, roubo de animais, crimes ambientais e tentativa de homicídio contra policiais.

Coronel David também criticou o que chamou de uso político da causa indígena. “É revoltante ver indígenas sendo manipulados em troca de votos. Famílias tiveram sua vida inteira destruída”, afirmou.

O Campo Grande News entrou em contato com o CIMI, a CNBB e a Funai para que se manifestem sobre as denúncias. Assim que houver retorno, esta matéria será atualizada.