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Política

Deputados de MS receberam R$ 1,3 milhão de ressarcimento

Redação | 26/12/2007 09:28

Em 2007, os deputados federais de Mato Grosso do Sul receberam R$ 1.309.638,84 de ressarcimento por gastos como aluguel, manutenção de escritório, locomoção e até divulgação do exercício parlamentar.

A verba indenizatória é um dos diversos benefícios a que tem direito um deputado federal, como auxílio moradia de R$ 3 mil; cotas de passagem aérea, que podem chegar a R$ 16,9 mil; cota de correios de R$ 4,2 mil; verba de gabinete de R$ 50.815,62 e R$ 6 mil de publicações; além do salário de até R$12.847,20 (somando os subsídios fixo, variável e adicional).

Por várias vezes em 2007 a verba indenizatória dos deputados de Mato Grosso do Sul chegou a ultrapassar o teto de R$ 15 mil mês por parlamentar, conforme levantamento feito pelo Campo Grande News, já que o saldo da verba não utilizada em um mês fica acumulado para o seguinte, dentro de cada semestre. Somente com combustíveis, os representantes de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados declararam um gasto de R$ 239.766,09. Para receber a verba indenizatória, os deputados precisam apenas apresentar notas fiscais.

Entre os deputados do estado, o campeão de gastos com verbas indenizatórias foi Geraldo Resende (PMDB). Ele declarou um gasto de R$ 179.992,20, sendo R$ 53.816,22 com combustíveis e R$ 55.634,13 com a divulgação do seu mandato, entre outros gastos. Resende é pré-candidato a prefeito de Dourados. Com R$ 178.330,00 e R$ 176.116,81, Antônio Carlos Biffi (PT) e Waldemir Moka (PMDB) aparecem na seqüência entre os que mais fizeram uso das verbas indenizatórias neste ano.

Ar, terra e mar - Waldir Neves (PSDB) chegou a declarar gastos com três tipos de combustíveis e lubrificantes: para aeronaves (R$ 714), embarcações (R$ 310,90) e veículos automotores (R$ 34.188,15), além de R$ 100 em veículos não especificados. Mas na frente dele em gastos com combustíveis estão, além de Resende: Biffi (R$ 53.307,28); o peemedebista Nelson Trad (R$ 43.322,32) e o petista Vander Loubet (R$ 40.979,00).

O sul-mato-grossense que recebeu menos com verbas indenizatórias foi Antônio Cruz (PP). O deputado progressista recebeu R$ 125.947,92. Não é possível fazer uma comparação entre o desempenho dos deputados e a despesa que eles causam aos cofres públicos, já que não existem parâmetros para isso.

Outro lado- Geraldo Resende disse que tem direito a usar a verba indenizatória e considerou natural o fato de gastar mais do que os outros deputados do estado por ser "o único do interior" e o coordenador da bancada. "Eu tenho que rodar por vários estados", afirmou.

Com relação aos gastos com divulgação do mandato, o pré-candidato a prefeito diz que não faz marketing pessoal. "Eu divulgo somente o que é atividade parlamentar", afirmou. Ele também ressaltou que os deputados têm até o dia 31 para apresentar os comprovantes de despesas e que, por isso, os gastos de outros congressistas podem aumentar.

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