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Política

Deputados definem membros que vão investigar denúncias contra governo

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 30/05/2017 12:26
Da esquerda para direita, Paulo Corrêa (PR), Rinaldo Modesto (PSDB), Eduardo Rocha (PMDB)
e Flavio Kayat (PSDB). (Foto: Roberto Higa e Victor Chileno/ALMS).
Da esquerda para direita, Paulo Corrêa (PR), Rinaldo Modesto (PSDB), Eduardo Rocha (PMDB) e Flavio Kayat (PSDB). (Foto: Roberto Higa e Victor Chileno/ALMS).

Foram definidos, nesta terça-feira (30), os cinco membros da comissão especial da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, que vai investigar denúncias contra o governador, Reinaldo Azambuja (PSDB). Agora, os deputados estaduais vão se reunir para definir presidência e relatoria do grupo.

Os donos da JBS, em delação premiada, afirmaram que foram pagos R$ 150 milhões em propina aos ex-governadores Zeca do PT, André Puccinelli (PMDB) e o atual, Reinaldo Azambuja (PSDB), em troca dos incentivos fiscais concedidos a empresa. A investigação foca no atual governo.

Reinaldo negou as acusações e disse que a delação dos donos da JBS era "mentirosa" e faltava com a verdade. Ele alega que só recebeu da JBS, uma doação oficial, no valor de R$ 10,5 milhões, que foi repassada a sua campanha, em 2014, por meio da direção nacional do PSDB.

O grupo tem a seguinte formação: Pedro Kemp (PT); pelo bloco do PSDB, Flávio Kayat (PSDB) e Paulo Corrêa (PR); Eduardo Rocha e Márcio Fernandes pelo PMDB.

Pelo PSDB, Flavio Kayat, espera que a comissão apure todas as informações, “para que não possa jogar todo mundo na mesma vala”. “Temos que mudar quais políticos são sérios e quem cometeu irregularidades”.

O parlamentar afirma que ele mesmo recebeu R$ 14,3 mil do partido, mas somente depois descobriu que era da JBS. “Na época, era até prestígio receber doação de uma empresa que era elogiada no Estado”.

O PT definiu Pedro Kemp para compor o grupo. A ideia do deputado, afirma, é questionar os envolvidos, os que foram citados na delação e os que têm relação. “No meu caso, recebi R$ 30 mil no partido, mas não sabia que era da JBS”. Se nenhum dos parlamentares quiser ocupar os principais cargos, ele se coloca a disposição.

A comissão criada poderá também investigar as últimas denúncias envolvendo o governo estadual. Sem citar quais seriam, o deputado Eduardo Rocha, escolhido do PMDB, disse que vai sugerir aos deputados que possam ir a Brasília, pedir diretamente para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Edson Fachin, cópia da delação da JBS.

"Independente verificar as questões da JBS, nada impede de analisar denúncias locais, como de frigoríficos daqui. Vamos avaliar tudo", completou Márcio Fernandes.

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