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Política

Eike Batista terá que pagar R$ 52 milhões para ficar em prisão domiciliar

O valor fixado pelo Juiz é ironicamente o mesmo que o empresário é acusado de ter pago em propina para o ex-governador do RJ

Lucas Junot | 02/05/2017 13:39
Eike Batista é acusado de ter pago propina para se beneficiar em contratos com o Estado, na gestão de Sérgio Cabral (Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados)
Eike Batista é acusado de ter pago propina para se beneficiar em contratos com o Estado, na gestão de Sérgio Cabral (Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados)

O empresário Eike Batista, preso no contexto da operação Lava Jato, acusado de pagar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral para se beneficiar em contratos com o Estado, pagará fiança de R$ 52 milhões para permanecer em prisão domiciliar. A decisão é do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal.


Na decisão, divulgada nesta terça-feira (2) pelo G1, o magistrado determina que o pagamento deverá ser feito em cinco dias úteis. Caso contrário Eike deverá voltar para a prisão.

De acordo com o portal, a determinação é uma medida cautelar adicional à decisão do juiz federal Gustavo Arruda Macedo, que mandou o empresário para a prisão domiciliar no sábado (29). O juiz decidiu ainda que ele deverá cumprir nove medidas cautelares, como por exemplo, a vistoria da Polícia Federal em casa sem aviso prévio, afastamento das empresas e entrega do passaporte.

Eike deixou o presídio de Bangu, na Zona Oeste do Rio, na manhã de domingo (30), depois de ter sido preso em janeiro.

Dois doleiros disseram que ele pagou US$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral, o equivalente a R$ 52 milhões, em propina, ironicamente o mesmo valor fixado para fiança. Eike foi denunciado nas investigações por corrupção e lavagem de dinheiro.

A libertação do empresário foi determinada na semana passada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que concedeu habeas corpus ao empresário e considerou que não se justifica o argumento de que Eike deve ficar preso para não atrapalhar as investigações.

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