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Política

Em Curitiba, depoimento de Lula a Moro já dura uma hora

Militantes sul-mato-grossenses engrossam o ato em apoio ao ex-presidente no Centro

Lucas Junot | 10/05/2017 13:51
À esquerda o juiz Sérgio Moro, encarregado das ações da Lava Jato e o ex-presidente Lula, citado em delações da Odebrecht (Foto: Reprodução)
À esquerda o juiz Sérgio Moro, encarregado das ações da Lava Jato e o ex-presidente Lula, citado em delações da Odebrecht (Foto: Reprodução)

Começou há cerca de uma hora o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba (PR). Ele chegou à sede da Justiça Federal por volta das 13h45 (DF), onde responderá aos questionamentos do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal Federal, responsável pelas ações da Operação Lava Jato.

De acordo com O Globo, o ex-presidente desembarcou de um avião particular no aeroporto Afonso Pena por volta das 10h. Antes de ir à Justiça Federal, ele teria ido a um escritório de advocacia.

No entorno do prédio da Justiça Federal, um forte esquema de segurança foi armado. A ruas estão bloqueadas e dezenas de policiais estão de prontidão.

O que era pra ser uma situação constrangedora para o líder máximo da sigla no País, ao que tudo indica será transformado em um grande evento político para os petistas.

Pelo menos 50 militantes sul-mato-grossenses que foram a Curitiba, em um ônibus fretado pelo PT (Partido dos Trabalhadores), participam dos atos em apoio ao ex-presidente. Os manifestantes estão concentrados na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, onde foi montado um palco em que acontecem diversos shows e eventos culturais.

A expectativa é ficarem no local até o fim do depoimento de Lula, previsto para terminar às 18h (DF). Após a acareação, o ex-presidente deve ir ao encontro dos militantes. Também é esperada a presença de Dilma Rousseff.

O partido espera reunir 30 mil pessoas na manifestação, ainda que a Justiça do Paraná já tenha proibido manifestações públicas na região da sede da Justiça Federal. Além da montagem de estruturas nos arredores do fórun, a decisão da juíza Diele Denardin Zydek, datada de ontem (8), determinou também que apenas pessoas autorizadas adentrem o perímetro feito pela Secretaria de Segurança do Paraná.

As manifestações estão restritas desde as 23h de segunda-feira (8) até as 23h da quarta-feira (10), considerando horários de Brasília.

Delações - Lula é citado pelos delatores da Odebrecht em pelo menos seis situações. Os executivos Hilberto Mascarenhas Filho, que chefiou o chamado “departamento de operações estruturadas” [setor de propinas] e Alexandrino Alencar contaram ao Ministério Público que a Odebrecht pagava uma espécie de mesada a José da Silva, o Frei Chico, irmão do ex-presidente.

Eles disseram que os pagamentos eram feitos em dinheiro e eram do conhecimento de Lula. Segundo o Ministério Público, pagamentos que podem ser enquadrados como troca de favores que se estabeleceu entre agentes públicos e empresários.

Em outro caso, Emílio Odebrecht, e Alexandrino Alencar relataram que Lula teria se comprometido a melhorar a relação entre o grupo Odebrecht e a então presidente Dilma Rousseff. Em contrapartida, Lula receberia o apoio da Odebrecht para a atividade empresarial do filho Luis Cláudio Lula da Silva.

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