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Política

Em nome do “legado de Puccinelli”, MDB abandona base do governo

Os sete deputados do partido assumem agora posição que classificam de independente

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 08/05/2018 11:10
Da esquerda para a direita, os deputados Renato Câmara, George Takimoto, Antonieta Amorim e Eduardo Rocha, em anúncio sobre a saída do MDB da base aliada de Reinaldo Azambuja na Assembleia. (Foto: Leonardo Rocha)
Da esquerda para a direita, os deputados Renato Câmara, George Takimoto, Antonieta Amorim e Eduardo Rocha, em anúncio sobre a saída do MDB da base aliada de Reinaldo Azambuja na Assembleia. (Foto: Leonardo Rocha)

A bancada do MDB em Mato Grosso do Sul anunciou na sessão desta terça-feira (8) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul a decisão de abandonar a base do governo. Os sete deputados do partido assumem agora posição que classificam de independente.

O anúncio foi feito por Eduardo Rocha. Ele usou a tribuna para dizer aos outros parlamentares que o MDB “fez a sua parte”. “O partido cumpriu a missão de ajudar o Estado e nunca deixou de apoiar projetos importantes nestes três anos e meio, mas agora temos um projeto político definido e um pré-candidato ao governo”.

O deputado disse ainda que ele e os colegas de bancada vão continuar votando com responsabilidade.

Paulo Siufi também comentou sobre a debandada. “Foi uma decisão em conjunto. O partido não pode ser incoerente, não pode caminhar com dois candidatos ao mesmo tempo”, revelou sobre reunião que aconteceu nesta segunda-feira (7).

Segundo Siufi, muitas lideranças políticas estavam questionando a candidatura própria do MDB, que terá o ex-governador André Puccinelli com cabeça de chapa. “Por isso é importante marcar essa posição política neste momento”, afirmou.

Marcio Fernandes reiterou a fala de Siufi. “Agora é o momento de defender o nosso projeto político, a candidatura e legado de Puccinelli”.

Reciprocidade – Já o presidente da Assembleia e ex-presidente estadual do MDB, deputado Junior Mochi, lembrou que o partido teve o apoio do PSDB durante os mandatos de Puccinelli como governador.

“Depois de apoiar o Reinaldo no segundo turno em 2014, decidimos que deveríamos retribuir, apoiando a gestão tucana. Mas é o momento do partido, que é grande e tem sete deputados, começar a defender o seu legado para voltar ao comando”, completou.

Além de Rocha, Siufi, Fernandes e Mochi, a bancada emedebista na Assembleia conta com os deputados Antonieta Amorim, Renato Câmara e George Takimoto, recém-filiado ao partido depois de deixar o PDT. O alinhamento ao governo de Reinaldo foi estabelecido logo no início da atual gestão estadual, em 2015, estendendo a aliança à qual Mochi se referiu na última eleição.

O deputado Rinaldo Modesto (PSDB), líder do governo na Assembleia, disse que respeita a decisão do MDB, mas espera que a bancada continue ajudando o Estado nos projetos importantes.

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