Passados 52 dias do fim da CPI do Transporte, relatório é adiado pela 2ª vez
Trabalho terminou em 9 de julho e o documento com resultados da apuração não foi concluído

Com previsão de entrega no final de agosto, o relatório final da CPI do Consórcio Guaicurus teve mais uma vez a conclusão adiada. Após 52 dias do fim das audiências para ouvir envolvidos no problema, a relatora, Ana Portela (PP), disse que faltava receber todas as sugestões dos demais integrantes para apresentar no texto. Não foi definido prazo para que isso ocorra.
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A entrega do relatório final da CPI do Consórcio Guaicurus foi novamente adiada, sem previsão de conclusão. A relatora, Ana Portela (PP), afirmou que aguarda sugestões dos demais integrantes para finalizar o texto. A CPI, iniciada em março, investiga questões relacionadas ao transporte coletivo, como a renovação da frota e a qualidade dos serviços, com base em 130 mil páginas de documentos coletados. As empresas envolvidas alegam desequilíbrio no contrato, que tem 30 anos de duração, e enfrentam disputas judiciais sobre a tarifa técnica. A renovação de quase 200 veículos está paralisada devido a questões financeiras.
O presidente da CPI, vereador Lívio Leite (União Brasil), informou que foi cancelada uma coletiva de imprensa que estava marcada para hoje, assim como a entrega do relatório final, que estava marcada para amanhã, dia 2.
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Ana Portela informou à reportagem do Campo Grande News que a parte dela no texto já estava concluída, mas aí surgiu o pedido de colegas de mais prazo para apontamentos, apesar da prorrogação anterior. Com as contribuições, o texto final deve ficar mais "robusto".
A CPI começou os trabalhos no final de março, tendo ainda como integrantes Luiza Ribeiro (PT), Maicon Nogueira (PP) e Júnior Coringa (MDB), com final das oitivas na metade de julho, quando houve a primeira previsão de entrega do relatório, para a metade de agosto. Houve várias audiências para ouvir usuários, servidores públicos e representantes das empresas concessionárias do serviço público. Vários pontos do contrato feito com a Prefeitura, com 30 anos de duração, foram questionados, como a renovação da frota, a qualidade dos serviços.
Os vereadores revelaram que foram reunidas cerca de 130 mil páginas de documentos.
As empresas sustentam que o contrato está desequilibrado, inclusive há disputa judicial em torno da renovação da chamada tarifa técnica, que é o valor que a prefeitura acrescenta ao que é pago pelos usuários, com decisão favorável ao Consórcio, além de obrigação de fazer as revisões periódicas, como previsto na concessão. A direção aponta que, por conta disso, precisa fazer desembolsos para quitar seus compromissos e estaria impossibilitada de trocar quase 200 veículos.