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Política

Ex-coordenador da Funasa diz que foi boicotado no cargo

Redação | 10/04/2008 15:17

A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga os casos de morte por subnutrição nas aldeias de Mato Grosso do Sul entre 2005 e 2007 ouviu nesta semana o ex-coordenador regional da Fundação Nacional de Saúde no Estado, Gaspar Hickman. Afastado em 2005 após denúncias de irregularidades, o ex-coordenador negou desvio de verbas em sua gestão, porém, admitiu falhas na gestão que teriam como fundamento aspectos formais.

As informações foram repassadas pelo deputado federal Waldir Neves (PSDB). Segundo Hickman, dos 512 profissionais que atuavam na Missão Indígena Cauiá, de Dourados, apenas 130 seriam da Funasa. A missão teria recebido aproximadamente R$ 7 milhões na época em que foi coordenador, valor que hoje, segundo ele, chega agora a R$ 11 milhões.

Hickman ainda criou mal-estar na comissão, ao iniciar discussão com o deputado Geraldo Resende (PMDB), que teve um aliado indicado para a Funasa do Estado. O ex-coordenador afirmou que foi boicotado no cargo, e questionou as formas com a qual Resende recebeu documentos que versavam sobre irregularidades em sua gestão na fundação, uma vez que nem ele, enquanto coordenador, teve acesso aos papéis. A Polícia Federal investigou o suposto vazamento de informações, mas não chegou a nenhuma conclusão, conforme destacou a assessoria de Neves.

O deputado tucano ainda indagou Hickman sobre convênios firmados entre a Funasa e organizações não-governamentais. Apenas a Missão Cauiá recebeu mais de R$ 65 milhões entre 1999 e 2007.

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