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Política

Ex-pedetistas saíram porque não eram mais aceitos

Redação | 02/10/2009 13:04

No documento entregue ao PDT e ao TRE/MS (Tribunal Regional Eleitoral), os deputados estaduais Ary Rigo, Coronel Ivan e Onevan de Matos comunicam a desfiliação partidária e expõem com detalhes os motivos que os fizeram deixar a legenda.

Em 19 páginas, eles argumentam que o partido deixou claro para todo o povo do Mato Grosso do Sul que os deputados estaduais não eram mais aceitos na legenda. Tudo isso, segundo os parlamentares, para atender a interesse do deputado federal Dagoberto Nogueira.

Rigo, Onevan e Coronel Ivan lembram que receberam diversas manifestações dos dirigentes nacionais do Partido, do deputado federal Dagoberto Nogueira Filho e do interventor João Leite Schmidt demonstrando que eles (os parlamentares estaduais) "não são mais bem vindos no Partido".

Eles argumentam que não restou alternativa a não ser a desfiliação. "Os fatos que levaram a tal tomada de decisão são gravíssimos e precisam ser apresentados na presente notificação", diz trecho documento.

"A saída dos notificantes é a única garantia que eles possuem para assegurar suas condições de parlamentares e candidatos à reeleição nas eleições de 2010, visto que representam muitos municípios e segmentos da sociedade sul-mato-grossense, além de ser legítimo o desejo dos mesmos de se candidatarem", prosseguem. Juntos, os três receberam quase 100 mil votos na última eleição estadual, em 2006.

Outro argumento é de que Dagoberto e o interventor João Leite Schmidt querem antecipar as eleições de 2010 através de uma aliança com o ex-governador Zeca do PT, mesmo com o partido na base de sustentação do governador André Puccinelli.

Os deputados também afirmam que Dagoberto quebrou um acordo sobre as eleições do diretório de Campo Grande provocando uma cisão no PDT/MS e classificam de "fuzarca" e "circo" a convenção feita na varanda do partido, à revelia da Executiva.

Rigo, Onevan e Coronel Ivan destacam ainda declarações de Dagoberto, entendidas pelos deputados como "ofensas pessoais e calúnias". Entre as afirmações está a de que os parlamentares estaduais, se saírem, não fariam falta ao partido e de que existiriam "acordões e acertos" na Assembleia Legislativa, "na base do quem dá mais".

O documento tem diversas citações de matérias de rádios e jornais impressos e eletrônicos de Mato Grosso do Sul, inclusive do Campo Grande News.

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