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Política

Ex-primeira-dama Marisa Letícia tem morte cerebral aos 66 anos

Richelieu de Carlo, com Agência Brasil | 02/02/2017 10:04
Ex-primeira dama Marisa Letícia teve morte cerebral no Hospital Sírio-Libanês após sofrer AVC hemorrágico (Foto: Agência Brasil)
Ex-primeira dama Marisa Letícia teve morte cerebral no Hospital Sírio-Libanês após sofrer AVC hemorrágico (Foto: Agência Brasil)

A ex-primeira-dama do país, Marisa Letícia Lula da Silva, 66 anos, mulher de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), teve morte cerebral declarada, na manhã de hoje, pelo Hospital Sírio-Libanês, onde estava internada desde o dia 24 de janeiro após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) hemorrágico, em São Paulo (SP).

De acordo com nota oficial do hospital, foi realizado na manhã desta quinta-feira (2), um exame chamado Doppler transcraniano, que verificou a ausência de fluxo cerebral em Marisa Letícia, sendo assim, constatada a morte cerebral.

Diante do resultado, ainda segundo a nota, foram realizados procedimentos para a doação de órgãos, com a autorização da família.

Em sua página no Facebook, o ex-presidente Lula, agradeceu “todas as manifestações de carinho e solidariedade recebidas nesses últimos 10 dias pela recuperação” de Marisa. E informou a autorização da família para os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos.

Mulher discreta

Marisa Letícia Lula da Silva, nasceu em São Bernardo do Campo (SP), em 1950, sob o nome de Marisa Letícia Casa. Figura discreta ao lado do marido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa começou a trabalhar aos nove anos, como babá na casa de um sobrinho do pintor Cândido Portinari. Cresceu em uma família de onze irmãos e casou-se aos 19 anos com o taxista Marcos Cláudio da Silva. Três meses depois e grávida do primeiro filho, Marisa viu-se viúva após Marcos Cláudio ser assassinado durante um assalto.

Em 1973 conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos. Sete meses após se conhecerem, casaram. Com Lula, teve três filhos. Também compõem a família Marcos, filho do primeiro marido, e a enteada Lurian, filha de outro relacionamento de Lula. Marisa esteve ao lado de Lula durante sua ascensão política, desde os tempos de sindicato, passando pela fundação do PT – que ajudou a criar – até a presidência da República, em 2003.

Marisa foi condecorada, em 2003, com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Real, concedida pelo rei Haroldo V e a rainha Sônia da Noruega, durante a visita ao Brasil. Também foi condecorada por Portugal com a Ordem da Liberdade, também em 2003, e a Ordem Militar de Cristo, em 2008.

Durante os anos no Palácio da Alvorada, Marisa não encabeçou projetos sociais, função comum às primeiras-damas anteriores, e deixava os holofotes para o marido. Mas durante as corridas presidenciais participava, junto com ele, de comícios, passeatas e outros compromissos de campanha. Em 2011, incentivou Lula a realizar os exames que descobririam um câncer na laringe. Foi Marisa que cortou os cabelos e a barba do marido, antecipando os efeitos da quimioterapia.

Em 2016, a ex-primeira dama viu seu nome envolvido nas investigações da Operação Lava Jato. Tornou-se ré nas investigações após a Justiça acatar a denúncia do Ministério Público Federal contra ela e Lula no caso do triplex no Guarujá (SP). Mesmo aceitando a denúncia, o juiz Sérgio Moro “lamentou” as acusações envolvendo Marisa Letícia. Segundo o juiz, há dúvidas se a esposa de Lula tinha conhecimento dos supostos crimes envolvendo acertos de propina no esquema da Petrobras.

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