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Política

Fabio Trad vota contra prisão de condenados em segunda instância

Deputado federal do PSD em MS foi cobrado pela postura nas redes sociais e disse que não está no Congresso para agradar ninguém

Marta Ferreira | 09/07/2019 20:25
No Twitter, Fabio Trad respondeu a provocações de parlamentares e internautas sobre seu voto. (Foto: Reprodução internet)
No Twitter, Fabio Trad respondeu a provocações de parlamentares e internautas sobre seu voto. (Foto: Reprodução internet)

O deputado federal Fabio Trad (PSD) foi um dos 7 parlamentares que votou hoje pela retirada do chamado projeto anticrime, do ministro da Justiça Sérgio Moro, do item estabelecendo prisão após condenação em segunda instância. Ele faz parte do grupo de trabalho criado pela Câmara para analisar a proposta de lei com medidas contra a anticorrupção e antiviolência.

O placar foi de 7 votos a seis. Três dos 16 parlamentares do grupo não apareceram para votar.
A mudança encerraria polêmicas como a da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena desde abril do ano passado, apesar de as condenações ainda não terem transitado em julgado.

Embora tenha sido modificado pelo grupo de trabalho – composto por 16 deputados –, o projeto de lei anticrime ainda precisará ser analisado pelas comissões temáticas e pelos plenários da Câmara e do Senado.

Reação – O voto de Fabio foi bastante criticado por internautas anônimos e também parlamentares da base do governo. A deputada federal Carla Zambelli (PSL/SP), citou uma suposta fala de Trad, dizendo não ter “medo da HISTERIA dos desinformados” e fez um questionamento a partir dela, provocando a manifestação de seus seguidores. “Você, cidadão que quer ver bandidos na cadeia, aceita ser chamado de “histérico” e “desinformado”?

Diante das cobranças, Fabio Trad fez uma publicação a respeito em seu Twitter. Disse que “leva porrada” da esquerda quando vota a favor da reforma previdenciária e da direita quando vota por “tratamento constitucional da prisão em segunda instância”.

“Não fui eleito para agradar esquerda ou direita, mas para defender o meu país. E com CORAGEM”, escreveu.

Em outra postagem, horas antes, havia dito que “o discurso político do Brasil não pode ser sequestrado pela polarização “esquerda X direita”. Os reféns seremos todos nós. Reitero: existe sim espaço para o pensamento crítico focado na autonomia racional visando as melhores ideias independentemente do espectro ideológico.

Andamento - O grupo de trabalho, coordenado pela deputada Margarete Coelho (PP-PI) não é uma comissão legislativa. Tem apenas caráter consultivo. O deputado Capitão Augusto (PSL-SP) é o relator que irá elaborar o parecer final do projeto de lei.

Criado em março, o grupo foi encarregado de analisar e propor sugestões para unificar os pontos do projeto do atual titular da Justiça com o que foi apresentado, em 2016, pelo então ministro da pasta, Alexandre de Moraes, atualmente ministro do STF (Supremo Tribunal Federal).

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