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Política

Operação do Gaeco prende ex-vereadores alvos da Uragano em Dourados

Aline dos Santos | 29/04/2011 08:15
Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na Câmara. (Foto: Maryuska Pavão)
Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na Câmara. (Foto: Maryuska Pavão)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime

Organizado) realiza operação nesta sexta-feira em Dourados. A ação cumpre quatro mandados de prisão. Dois contra o ex-vereadores Humberto Teixeira Júnior e Sidlei Alves. Os demais são contra Rodrigo Terra, ex assessor de Humberto, e Amilton Salinas, que foi diretor financeiro da Câmara Municipal por mais de dez anos.

Também serão cumpridos oito mandados de busca e apreensão. A polícia já foi à Câmara e está há mais de duas horas na residência de Humberto Teixeira Júnior.

Os ex-vereadores já haviam sido presos durante a operação Uragano, realizada em setembro de 2010.

A nova ação mira fraudes em empréstimo consignado. Informações preliminares dão conta que os então vereadores contratavam assessores para os gabinetes e faziam empréstimos consignados de grande valor em nome dos funcionários. O desvio seria da ordem de R$ 170 mil.

Uragano - Em 2010, a investigação da PF (Polícia Federal) revelou esquema de fraude envolvendo a prefeitura, a Câmara e empresários.

A ação resultou na prisão do então prefeito Ari Artuzi, do vice Carlinhos Cantor e de nove dos 12 vereadores. Após a Uragano, Dourados realizou novas eleições para prefeito e os vereadores presos deixaram a Câmara após processos de cassação.

Na denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual, Sidlei aparece como o "mais vorzdos vereadores". Na condição de presidente da Câmara, coordenou a corrupção, afirma o MPE. Foi ele quem negociou o desvio de valores e recebeu "vultosas quantias do prefeito Ari Artuzi, em troca de apoio político e de sua cooperação na quadrilha", resume a denúncia da Uragano.

Humberto Teixeira Júnior, é citado como "profundamente envolvido na trama criminosa, ocupando lugar importante na quadrilha. "Por tal razão, foi um dos vereadores que mais recebeu recursos desviados, que financiaram sua campanha para deputado estadual", acusa o MPE.

Já Rodrigo Terra foi citado depois da Uragano como assessor de Humberto Teixeira que tinha conhecimento do esquema e, ainda assim, continuou contribuindo com atos criminosos.

(Colaborou Eduardo Palomita, da Grande FM).

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