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Política

Grupos comemoram na Afonso Pena condenação de Lula à prisão

Manifestantes vão seguir pela avenida Afonso Pena até a Igreja Perpétuo Socorro em celebração à decisão do TRF-4 que aumentou pena de Lula no caso do triplex do Guarujá

Humberto Marques e Anahi Gurgel | 24/01/2018 17:08
Manifestantes foram à avenida Afonso Pena comemorar condenação de Lula no TRF-4. (Fotos: Saul Schramm)
Manifestantes foram à avenida Afonso Pena comemorar condenação de Lula no TRF-4. (Fotos: Saul Schramm)

Imediatamente após ser decretado o resultado que, por unanimidade, aumentou para 12 anos e um mês de prisão a pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestantes contrários ao petista foram às ruas de Campo Grande. Mesmo sob chuva, um grupo de cerca de 100 pessoas comemorava a condenação na avenida Afonso Pena, próximo ao Shopping Campo Grande, saindo em carreata rumo à Igreja Perpétuo Socorro, no Amambaí.

Vestindo verde e amarelo e portando bandeiras do Brasil, membros de diferentes grupos –como o Pátria Livre, Direita MS e Fora Corruptos– participam da movimentação. Um trio elétrico é usado para que líderes dos manifestantes entoem palavras de ordem cobrando a prisão de Lula. Fogos de artifício também foram usados nas comemorações, que ganharam a adesão de motoristas que participam de um buzinaço.

A movimentação já causa complicações no trânsito próximo ao cruzamento com a avenida Dr. Paulo Machado, diante das manobras dos motoristas para acessarem a pista da Afonso Pena no sentido Amambaí.

Manifestantes saíram em carreata pela Afonso Pena rumo à Igreja Perpétuo Socorro.
Manifestantes saíram em carreata pela Afonso Pena rumo à Igreja Perpétuo Socorro.

Unanimidade – Os desembargadores da 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) negaram recurso da defesa de Lula e mantiveram, por unanimidade, sentença de 2017 do juiz federal Sérgio Moro condenando o ex-presidente por corrupção, por supostamente ter se beneficiado de esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato.

Os magistrados entenderam que Lula recebeu da empreiteira OAS um triplex no Guarujá (SP) como vantagem nas operações ilegais da construtora. Eles ainda aumentaram a pena decretada por Moro, que condenara Lula a pouco mais de nove anos de prisão –prevendo agora a detenção do petista por 12 anos e um mês.

O julgamento arrastou uma multidão até Porto Alegre (RS), sede do TRF-4. Lula, porém, acompanhou os trabalhos de São Paulo: ele permaneceu no Sindicato dos Metalúrgicos até o voto do desembargador Leandro Paulsen, que seguiu o relator, João Pedro Gebran Neto, votando pela manutenção da prisão. O desembargador Victor Laus também seguiu o entendimento.

Agora, a defesa de Lula analisará detalhes do acórdão e eventuais novos recursos no próprio TRF-4, ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o STF (Supremo Tribunal Federal). Condenado por um colegiado do Poder Judiciário, Lula estaria virtualmente inelegível, não podendo assim participar das eleições deste ano –embora, até aqui, ele lidere todas as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República nas quais foi citado.

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