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Política

JPMDB diz que ato é "espontâneo" e nega que pedirá cassação de Bernal

Zemil Rocha | 20/06/2013 15:08
Maicon Nogueira diz que bandeiras da passeata serão "demandas locais" (Foto: Macos Ermínio)
Maicon Nogueira diz que bandeiras da passeata serão "demandas locais" (Foto: Macos Ermínio)

Um dos líderes do movimento de protesto na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e presidente da Juventude do PMDB de Campo Grande (JPMDB), Maicon Nogueira, 27, tem papel importante na mobilização para a passeata desta tarde, na qual, acredita, estarão participando pelo menos 20 mil pessoas. Tido como líder de um dos maiores grupos que participaram da manifestação, Maicon nega que vá conduzir o movimento, que, garante, é “espontâneo” e traduz a “revolução de conscientização política da juventude”. Também não defende que seja pedida a cassação do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).

“Não vou liderar nada. Esse tipo de passeata é espontânea. Cada um vai para a passeata por sua bandeira que angustia.Não cabe liderança de grupo. É um movimento de todos. Não tem líder. Não tem restrição entre os próprios manifestantes. Vou estar participando como cidadão brasileiro”, afirmou Maicon Nogueira.

Para ele, esse movimento, iniciado nas grandes cidades do País, vai abrir precedente para outros grandes movimentos. “Nunca a gente sentiu algo semelhante, nem em Campo Grande, nem no Brasíl”, destacou o líder estudantil e juvenil. “Parece que apertaram o botão de start na juventude”, acrescentou, observando que trata-se de uma mudança de comportamento, com as pessoas não aceitando mais passivamente as imposições dos governantes.

Maicon considera que essa mobilização que acontece hoje em Campo Grande decorre principalmente da força da comunicação rápida pelas redes sociais, pela internet. “Essa globalização das informações permite acesso mais rápido, que jovens tem nos bairros, nas escolas, nas universidades”, avaliou Nogueira. “Internet é o mecanismo de revoluções como as que aconteceram no Egito e no Oriente Médio como um todo”, lembrou.

Reivindicações - A principal reivindicação da passeata na tarde de hoje, na opinião de Maicon Nogueira, será a redução do valor das tarifas de ônibus, apesar de o prefeito Alcides Bernal (PP) ter anunciado hoje a redução de R$ 0,10 na passagem. “A questão da tarifa de ônibus é o carro chefe do movimento em todo o País”, avaliou ele.

Indagado sobre a atitude do prefeito Alcides Bernal de reduzir tarifa de ônibus poucas horas antes do protesto, Maicon opinou: “Político tem que se espelhar na sociedade. Não nos acordos de bastidores, tem de ser reflexo da sociedade”.

Além dessa questão, outras demandas locais devem ser as mais cobradas pelos participantes da mobilização desta tarde. Para ele, serão muito cobradas melhorias na saúde, inclusive com defesa de investigação rigorosa da CPI do Câncer, e na educação.

Na avaliação de Maicon Nogueira, o movimento é inovador. “Nunca via nada no País desse tipo. Nem quando estourou escândalo do mensalão”, disse o líder juvenil. “Nasceu espontaneamente como reflexo da insatisfação que a classe política acaba gerando. Anos e anos de promessas e demandas reprimidas. A juventude estourou”, emendou.

Impeachment do Bernal - Com seis meses de gestão, Maicon Nogueira avalia que “seria pouco saudável para democracia em nossa sociedade” pedir o impeachment, em praça pública, do prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, apesar do desgaste político e social do chefe do Executivo, cuja popularidade (ótimo e bom) caiu a 36%.

“Mas as pessoas vão começar a cobrar promessas de campanha. Não só dele, mas quem avalizou e somou à campanha do Bernal.. Nas próximas eleições poderão absorver o reflexo disso”, avalio Maicon, que também é presidente da JPMDB na Capital.

Questionado se haverá também cobranças ao governo do Estado, Maicon garantiu que também serão levantadas bandeirantes reivindicatórias. Lembrou que há acordos com os funcionários da Polícia Civil que ainda não foram cumpridos pelo governo estadual. “É demanda da nossa da juventude que se resolve a questão com os trabalhadores. É justa a causa. O combinado não sai caro. Tem que ser cumprido na íntegra. O pessoal da polícia civil trabalha muito e tem seu trabalho reconhecido pela sociedade”, afirmou Maicon.

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