ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 29º

Política

Juiz dá 24 horas para deputado réu na Omertà colocar tornozeleira

Jamilson Name é acusado nas investigações de ter assumido chefia de grupo após prisão de seu pai e irmão

Nyelder Rodrigues | 29/01/2021 19:26
O deputado estadual Jamilson Name, eleito pela primeira vez em 2016 (Foto: Arquivo)
O deputado estadual Jamilson Name, eleito pela primeira vez em 2016 (Foto: Arquivo)

Após determinar que os colegas de plenário do deputado estadual Jamilson Name (sem partido) na Assembleia Legislativa deveriam votar se o parlamentar deveria ou não ter que usar tornozeleira, agora o juiz da 1ª Vara Criminal, Roberto Ferreira Filho, decidiu que, mesmo sem a votação, ele terá que ser monitorado eletronicamente.

Em decisão proferida no fim da tarde desta sexta-feira (29), Ferreira Filho acatou recurso impetrado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para que fosse determinado uso imediato do equipamento por Jamilson.

O prazo dado pelo juiz foi de 24 horas, valendo a partir da intimação do deputado. O Gaeco, no pedido, alegou que não era necessário a demanda passar por avaliação do Legislativo e usou o caso da deputada federal Flordelis como exemplo.

Além disso, o Ferreira Filho acatou pedido feito pela defesa de Jamilson, permitindo que ele mantenha contato com alguns familiares, como a madrasta Tereza Name. Inicialmente, Jamilson estava impedido de ter contato com testemunhas do processo.

O deputado, eleito em 2016 como o mais votado pelo PDT, é réu na Operação Omertà, que investiga uma rede do crime organizado responsável pela jogatina em Campo Grande, além de mortes diversas e até a formação de uma milícia armada.

Seu pai, Jamil Name, é tido com o chefe de toda a organização e está preso em Mossoró (RN), na penitenciária federal localizada no município. Também está lá, seu irmão, Jamil Name Filho, conhecido por muitos como Jamilzinho.

Passaporte - Na sexta-feira (22) passada, Jamilson já tinha cumprido parte de outra decisão judicial, que era a de entregar seu passaporte à Justiça, já que ele está impedido de viagem para fora do país.

Desde 15 de janeiro, o deputado é réu por formação de organização criminosa, acusada de exploração do Jogo do Bicho e lavagem de dinheiro. O Gaeco afirma, a partir das investigações de força-tarefa da Polícia Civil, que o parlamentar assumiu a chefia do jogo depois da prisão do pai e do irmão, em 2019.

Pela denúncia, a empresa de títulos de capitalização Pantanal Cap era usada como fachada para "esquentar" valores obtidos com o Jogo do Bicho. Essa peça acusatória foi resultado da "Arca de Noé", a sexta fase da Operação Omertà.

Nos siga no Google Notícias