ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 29º

Política

Lei sancionada já permite que servidores do Judiciário vendam as férias

Medida só vale quando a ausência do servidor compromete os serviços no Judiciário

Leonardo Rocha | 11/11/2020 11:28
Sede do TJ-MS, no Parque dos Poderes, em Campo Grande (Foto: Divulgação - TJMS)
Sede do TJ-MS, no Parque dos Poderes, em Campo Grande (Foto: Divulgação - TJMS)

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) sancionou a lei que permite aos servidores do Poder Judiciário venderem as férias, para continuar no trabalho durante este período. A proposta foi apresentada pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) na Assembleia Legislativa e aprovada, quase 10 meses depois de o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) abrir investigação após reportagem do Campo Grande News mostrar compra de férias de um único servidor, apontada como irregular.

A lei destaca que o pagamento de indenização por necessidade de serviço será feito a critério do presidente do Tribunal de Justiça, com a anuência do servidor e somente poderá ser efetuada após “decisão fundamentada” pela instituição.

Só será permitido o procedimento quando a ausência do servidor puder comprometer a prestação de serviços no Judiciário ou o bom andamento das atividades administrativas, sendo ainda observada a disponibilidade financeira do órgão.

A proposta tem aval do Sindijus (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de
 Mato Grosso do Sul), que se manifestou a favor da medida logo depois dela ser aprovada na Assembleia Legislativa.

Assim como já ocorre com os servidores do Ministério Público e dos trabalhadores privados”, citou a entidade. Também destaca que esta proposição foi apresentada ao Tribunal no começo do ano pelo próprio sindicato.

Sob investigação  - No dia 23 de janeiro, com base em notícia do Campo Grande News, sob o pagamento a servidor com cargo comissionado por férias, o ministro Humberto Martins entendeu que  os fatos narrados mereciam ser analisados pela Corregedoria Nacional de Justiça, a fim de apurar a eventual irregularidade de pagamento de verbas a servidores”.

A irregularidade já havia sido informada ao CNJ durante inspeção no TJMS nos dias 24 e 25 de outubro do ano passado. À época, porém, os denunciantes não tinham provas.

Foi aberto um procedimento, o TJMS já prestou informações e informou que a situação seria regularizada. Essa apuração está para a conclusão da nova corregedora, ministra Maria Thereza Moura.

Nos siga no Google Notícias