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Política

Líder feminina no Congresso, Simone se diz chocada com estupro coletivo no RJ

Michel Faustino | 27/05/2016 16:53
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) é presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher no Congresso Nacional. (Foto: Agência Senado)
A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) é presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher no Congresso Nacional. (Foto: Agência Senado)

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS), presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher no Congresso Nacional, se disse “profundamente chocada” com o estupro coletivo de uma jovem de 16 anos, moradora do Rio de Janeiro, envolvendo 33 homens.

“Passei o dia em silêncio. Profundamente chocada, sem saber o que dizer diante de tamanha barbárie. Meu sentimento é de profunda indignação e tristeza. Manifesto meu repúdio e, principalmente, meus mais profundos sentimentos de pesar e solidariedade a esta jovem e sua família”.

Por meio de nota, a Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher do Congresso Nacional, a Procuradoria Especial da Mulher do Senado e a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, representando toda a bancada feminina do Legislativo Federal brasileiro, repudiaram também o caso envolvendo uma jovem piauiense, também violentada, um dia antes, por cinco homens.

“Esse crime hediondo não pode ficar impune. O Brasil não tolera mais a banalização dos estupros coletivos, como se fôssemos uma sociedade ainda primitiva. Além do ato desumano, os criminosos expõem a humilhação das vítimas nas redes sociais. Essa prática é repugnante e deve ser punida com rigor”, diz trecho da nota.

Diante do caso, a bancada feminina no Congresso deve pressionar pela tramitação do projeto de Lei nº 2265/2015, apresentado pela Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, e do Projeto de Lei do Senado nº 618/2015, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). As proposições aumentam a pena para o crime de estupro cometido por duas ou mais pessoas.

Caso - A jovem de 16 anos, moradora do Rio de Janeiro, prestou depoimento ontem e contou que foi acatada por 33 homens armados com fuzis e pistolas. No sábado (21), ela foi visitar o namorado no morro do Barão, na zona Oeste do Rio, e diz só se lembrar de ter acordado no dia seguinte “dopada e nua”, em uma casa desconhecida e cercada pelos agressores. O caso foi registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio.

"Não foram 30 contra 1. Foram 30 contra todas" - Após a divulgação, o caso vem sendo classificado como “monstruoso e revoltante”. Mulheres de todo o País começaram a se mobilizar organizando atos contra a cultura do estupro – em Campo Grande, a ação será na Praça do Rádio, às 15 horas, na próxima quinta-feira.

A campanha “Todas por Elas” e outras manifestações, dizendo que "não foram 30 contra 1, foram 30 contra todas", estampam as páginas de muitas mulheres, que demonstrame revolta e perplexidade por casos como este ainda acontecerem. Elas exigem justiça e o fim da cultura do estupro.

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