Marisa ataca proposta de reduzir jornada de trabalho
A senadora Marisa Serrano (PSDB) se colocou contrária, pelo menos no momento, à redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.
Para ela, o momento não é adequado, já que o Estado e o País passam por uma crise econômica que só deve ter seus efeitos minimizados a partir de 2010.
"Acho que não é o momento, estamos saindo de uma crise, o setor sucroalcooleiro está em baixa, as empresas estão quebrando, acho que não é o momento de reduzir trabalho. Até porque isso não abriria novas vagas no mercado", opinou, durante a abertura oficial do 3º Canasul.
Para a senadora, atitudes como esta devem ser tomadas com responsabilidade. "Reduzir jornada agora seria um tiro no pé", afirmou.
Os sindicatos prometem fazer campanha contra os deputados e senadores que não votarem a favor da proposta para reduzir a jornada de trabalho semanal de 44 para 40 horas semanais.
Eles querem a redução do tempo de trabalho sem corte nos salários e aumento do adicional da hora extra de 50% para 75%.
Sindicatos filiados à Força Sindical vão fazer campanha contra os "inimigos" da classe.
"Esperamos que nossos deputados federais e senadores acatem esse pedido que é da vontade de todo trabalhador brasileiro e que conta com um número cada vez maior de autoridades, pois entendem que é um meio eficiente de aumentar as ofertas de emprego", afirmou o presidente do entidade no Estado, ILdemar da Mota Lima.
O presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, vai mobilizar os empresários sul-mato-grossenses contra a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 231/95, que prevê a redução da jornada.
Amanhã, a Câmara vai discutir a PEC com o objetivo de definir um calendário para votação da proposta pelo plenário.
Para o presidente da Fiems, a medida não estimulará a criação de empregos, pois elevará os custos da produção.