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Política

Marun apresenta queixa-crime contra acusação na Registro Espúrio

Ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República cobra apuração sobre vazamentos que o relacionaram a irregularidades na emissão de cartas sindicais

Humberto Marques | 09/07/2018 18:50
Marun disse esperar que sua ação resulte em providências para acabar com vazamentos de investigações. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Marun disse esperar que sua ação resulte em providências para acabar com vazamentos de investigações. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro Carlos Marun (Governo) confirmou que esteve nesta segunda-feira (9) na Superintendência de Polícia Federal e na PGR (Procuradoria-Geral da República) a fim de apresentar queixa-crime contra vazamentos nas investigações da Operação Registro Espúrio –que apura suposto esquema envolvendo a emissão de cartas sindicais no Ministério do Trabalho e culminou na queda do ex-ministro Helton Yomura, preso na ação.

Àudios divulgados pela imprensa nacional apontam que Marun havia apresentado solicitação envolvendo duas entidades sindicais de Mato Grosso do Sul, de forma a serem priorizadas dentro da pasta –sugerindo ingerência da Secretaria de Governo no órgão para atender seus interesses pessoais. Marun afirma que apenas encaminhou solicitações que tinham sido destinadas ao seu ministério, negando interferência na pasta ao Trabalho, e cobrou apuração sobre os vazamentos e ataques contra sua honra.

Na quinta-feira (5), Carlos Marun antecipou que faria as denúncias. “Estive na Polícia Federal e com o procurador-geral em exercício, Humberto de Medeiros, protocolando notícia crime em relação ao vazamento ocorrido na última quinta-feira e solicitando a abertura de inquérito policial para que o assunto seja elucidado”, afirmou o ministro.

Marun ainda se voltou contra argumentos de que seria impossível apurar a origem da divulgação de informações sigilosas de inquéritos. “Vazamentos são crimes, e são crimes mais graves quando praticados nos âmbitos da Polícia Federal, Procuradoria-Geral da República e Supremo Tribunal Federal, que merecem obviamente uma cuidadosa e atenciosa investigação. Espero que isso, em breve, esteja elucidado”, afirmou.

Ele afirmou, ainda, que na PF foi informado de ser a primeira vez que alguém “toma uma atitude como essa em relação a essa prática, que todos reconhecemos como nefasta, dos vazamentos”. “A prática do acusa e enxovalha só para depois saber se processa e julga tem de deixar de existir no Brasil. Se meu pleito vier a contribuir para essa prática chegar ao fim estarei muito confortável, muito feliz”.

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