ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 24º

Política

Marun quer CPI para investigar impacto da JBS no mercado financeiro

A instalação do colegiado é uma reação da base aliada à empresa, cujos executivos citaram o presidente Michel Temer em delação premiada

Lucas Junot | 23/05/2017 13:34
Carlos Marun é vice-líder do PMDB na Câmara dos Deputados (Foto:Agência Câmara)
Carlos Marun é vice-líder do PMDB na Câmara dos Deputados (Foto:Agência Câmara)

Um dos aliados mais fiéis do presidente Michel Temer (PMDB), na Câmara dos Deputados, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) anunciou, nesta terça-feira (23) que irá engrossar o pedido para criação de uma CPI mista (Comissão Parlamentar de Inquérito) para aputar a relação da JBS com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Ontem (22), ele chegou a divulgar que estaria articulando a criação de uma CPI sobre a delação dos executivos do grupo J&F, que controla a JBS.

“Decidi, no lugar de fazer correr uma lista de assinaturas para a CPI do JBS, me associar ao requerimento de CPI mista do Deputado [Alexandre] Baldy (PT-GO) e do senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) sobre o mesmo tema (relação da JBS com o BNDES e o acordo de delação premiadíssimo). Penso que assim o objetivo de esclarecermos a sociedade a respeito desta questão e eventualmente propormos punições e anulações de atos jurídicos poderá ser também cumprido”, disse o parlamentar em nota enviada ao Campo Grande News.

Marun negou que a ideia de criar uma CPI fosse um ataque à PGR (Procuradoria-Geral da República), que tem inquérito aberto contra Temer. Segundo Marun, o acordo precisa ser esmiuçado porque houve “benevolência inédita”.

Nos próximos dias, comissões da Câmara devem convocar os presidentes da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da Bovespa para repercutir os impactos da delação da JBS no mercado financeiro.

A decisão pela CPMI, veio depois de uma reunião realizada na noite de ontem, na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A instalação do colegiado é uma reação da base aliada à empresa, cujos executivos citaram o presidente Michel Temer em delação premiada.

O autor do requerimento, Ataídes Oliveira já começou a coletar assinaturas para instalação da CPMI. O requerimento distribuído pelo tucano aos parlamentares faz menção aos “danos causados” pela empresa ao mercado financeiro, em referência a uma suposta operação de compra de dólares por parte da companhia antes da divulgação do conteúdo das denúncias.

O número de assinaturas e as respectivas adesões não foram divulgados

 

Nos siga no Google Notícias