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Política

MPE investiga sumiço de 3,3 mil cobertores de campanha de agasalho

Compra custou R$ 78 mil e foi feita ano passado

Mayara Bueno | 25/07/2016 12:13

O MPE-MS (Ministério Público Estadual) investiga o “sumiço” de 3,345 mil cobertores que seriam destinados a pessoas de baixa renda e comunidades carentes de Campo Grande. A compra das roupas custou R$ 78.607,50 aos cofres municipais e foi feita por meio do Instituto Mirim de Campo Grande, em 2015. A atual gestão denunciou a situação ao Ministério Público, que resolveu converter em inquérito civil o procedimento que havia sobre o caso.

Segundo relatório da própria Prefeitura, a aquisição dos agasalhos foi feita por meio de uma licitação em 10 de junho de 2015, cuja vencedora foi a empresa paulista Etruria, enquanto a distribuição e organização dos agasalhos é feita pela FAC (Fundo de Apoio a Comunidade). O problema não teria ocorrido no processo de escolha da companhia, mas sim na finalização da compra.

Além da falta de comprovante de recebimento, não há, de acordo com o Município, a prova de que os cobertores foram distribuídos a sociedade, nem registro de assinatura do ordenador de despesas na nota de empenho. Faltaria também no estoque do Instituto a quantidade total de cobertores comprados, na ocasião em que a atual gestão assumiu a Prefeitura, em agosto passado.

Outra situação apontada pelo Executivo Municipal ao Ministério Público seria uma relação de nomes de pessoas que “provavelmente” receberam os cobertores como doação, “a mando da gestão anterior”. Na lista, seis vereadores da Capital receberam 695 cobertores. Teriam recebido a doação Roberto Santana dos Santos (PRB), Francisco Almeida Telles, o Chiquinho (PSD), Ademar Vieira Junior, o Coringa (PSD), Herculano Borges (SD), Magali Picarelli (PSDB) e Francisco Luis do Nascimento.

Agora, a atual fase é o pedido de mais diligências e investigação a respeito da compra, por parte do Ministério Público, que converteu em inquérito civil o procedimento preparatório que havia, nesta segunda-feira (25).

Retorno - Os vereadores foram procurados pela reportagem. Ademar Vieira, Francisco Telles e Roberto Santana negaram ter recebido qualquer doação. Explicaram que, geralmente, algumas entidades e comunidades carentes recebem doações da campanha de agasalhos, mas que não receberam qualquer donativo, como apontado pelo Município. Não atenderam às ligações Magali Picarelli, Herculano Borges e Francisco Luis do Nascimento.

*Matéria editada para correção de informação às 13h19.

Sede do MPE-MS, em Campo Grande. (Foto: Arquivo)
Sede do MPE-MS, em Campo Grande. (Foto: Arquivo)
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