Paraguai está em ritmo acelerado e quer ser potência latina, diz presidente
Oportunidades da Rota Bioceânica serão marco na economia do Paraguai, sugere Santiago Peña

O presidente do Paraguai, Santiago Peña, que está em visita ao Mato Grosso do Sul desde ontem cedo, disse que o país se encontra em ritmo acelerado para concretizar o desejo de se tornar o mais competitivo da América Latina. Ex-ministro da Fazenda, ele disse que não tinha tradição política, mas aprendeu que é por meio da política que é possível concretizar as mudanças necessárias para a economia.
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O presidente do Paraguai, Santiago Peña, destacou durante visita ao Mato Grosso do Sul o compromisso do país em se tornar a nação mais competitiva da América Latina. Ele enfatizou a importância da Rota Bioceânica, que conectará o Paraguai ao Chile e à Ásia, como um marco para o desenvolvimento econômico e a geração de empregos. Peña também ressaltou a histórica migração de brasileiros para o Paraguai, que contribuiu significativamente para o crescimento do país. Além disso, o presidente elogiou a parceria com o Mato Grosso do Sul, destacando a agilidade e eficiência como pilares para o sucesso conjunto. Peña visitou obras da ponte em Porto Murtinho e conheceu instalações da JBS e da Suzano, reforçando a importância da integração regional para o desenvolvimento econômico. Ele afirmou que o momento atual é crucial para fortalecer os laços entre os dois países.
Conversando com empresários esta manhã, na sede da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), após visitar as obras da ponte que vai integrar a Rota Bioceânica, em Porto Murtinho, junto com o governador Eduardo Riedel e conhecer frigorífico da JBS em Dourados, Peña relembrou os percalços históricos do Paraguai, a dependência dos países vizinhos, para dizer que a Rota sinaliza como um corte no crescimento do País.
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O presidente lembrou como um marco a aposta do acesso para a Cidade del Este, no anos 60, para a abertura ao Brasil, sendo que a capital, Assunção, fica no lado oposto, e como essa iniciativa atraiu brasileiros que foram produzir no Paraguai, especialmente da Região Sul.
Há meio milhão de pessoas no país vizinho, citou, o maior contingente de estrangeiros, que gerou um marco de desenvolvimento, e agora Peña espera ver esse movimento superado pelas novas oportunidades que a Rota pode impulsionar.
“A Rota Bioceânica — a ponte entre Porto Murtinho — vai representar uma transformação ainda maior do que aquela estrada para o Leste. Porque essa nova rota não é apenas para chegar ao Chile. Ela é para chegar à Ásia — a região do mundo que mais cresce há 20, 30, 40 anos.” Peña mencionou que o Paraguai quer ter a própria história e no caminho está a geração de emprego, com fortalecimento da economia.
Sobre a presença dos brasileiros, Peña mencionou que houve condições de acolhimento para justificar, comparando que o Brasil tem fronteiras com quase todos os países sul-americanos e não houve tamanha migração para os demais.
Novo ainda na política, o presidente defende a agilidade para concretizar iniciativas, lição que dizer ver na prática aqui no Estado. “Essa oportunidade que se apresenta agora para o Mato Grosso do Sul e para o Paraguai é única. O Mato Grosso do Sul também entendeu que o caminho do sucesso precisa ser ágil, eficiente e mais rápido do que o dos outros. Essa é a mesma filosofia que seguimos no Paraguai.”
Peña elogiou o governador, dizendo que o fazia porque na política há generosidade para criticar e mesquinhez para reconhecer méritos. “Hoje, eu quero reconhecer a sua amizade e tudo o que você tem feito para que Paraguai e Brasil — especialmente Mato Grosso do Sul — possam se desenvolver juntos. Não tenho dúvidas de que essa história, que já tem muitos capítulos, está agora escrevendo um dos mais importantes de todos — e isso está acontecendo pelas mãos dos empresários e de nós, políticos.”
O político ainda será levado por Riedel para conhecer a fábrica de celulose da Suzano em Ribas do Rio Pardo. O produto se tornou o mais importante da balança comercial do Estado, que passou a ser reconhecido como Vale da Celulose, já com quatro plantas instaladas, uma fábrica sendo construída em Inocência e uma à espera de licença para iniciar obras em Bataguassu, perto do Rio Paraná.