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Política

Pela 2ª vez na história, MS terá um integrante na direção nacional da OAB

Advogado Ary Raghiant Neto integra a chapa única que, nesta quinta-feira, deve ser indicada para assumir o comando do Conselho Federal da OAB

Humberto Marques | 31/01/2019 15:49
Raghiant representa a OAB no Conselho Nacional de Justiça; advogado será secretário-nacional adjunto e corregedor da Ordem. (Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ)
Raghiant representa a OAB no Conselho Nacional de Justiça; advogado será secretário-nacional adjunto e corregedor da Ordem. (Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ)

O advogado Ary Raghiant Neto assume nesta quinta-feira (31) os cargos de secretário nacional-adjunto e corregedor da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), na eleição a ser realizada durante a noite na sede da entidade, em Brasília. Ele integra a chapa “OAB Forte e Unida”, capitaneada pelo advogado fluminense Felipe Santa Cruz, única inscrita para concorrer ao comando do Conselho Federal da entidade, que terá mandato até 2021.

Raghiant, reeleito conselheiro federal na chapa que venceu a disputa da OAB-MS –que também conduziu o advogado Mansour Karmouche a um novo mandato na entidade estadual–, recebeu apoio da maioria dos outros 80 conselheiros nacionais para integrar a diretoria da entidade. É a segunda vez nos 40 anos da Ordem que um sul-mato-grossense integrará o comando do Conselho Federal (já exercido pelo advogado Vladimir Rossi Lourenço).

“Estou indo para o segundo mandato e representei a OAB no CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Tivemos apoio da maioria do conselho e dos presidentes para ocupar uma vaga na diretoria, o que vejo com muita alegria e responsabilidade”, afirmou Raghiant, destacando a importância do trabalho na entidade diante do papel que a Ordem exerce no país “ainda em meio a um momento conturbado da política do país”.

Raghiant ainda disse que avalia se continuará a representar a Ordem no CNJ. “Estou decidido mas, por enquanto, sigo no cargo”.

Pautas – O conselheiro federal destaca que a OAB trabalhará dentro de algumas bandeiras predefinidas, “mas não deixarei de lado a história política de Mato Grosso do Sul. Quero levar alguns valores do Estado para as comissões temáticas e, na medida do possível, ajudar na indicação de obras com recursos do Conselho Federal, ou seja, também fazer uma política de atendimento à minha origem”.

O futuro secretário-adjunto da Ordem coloca entre os “desafios claros” a serem enfrentados pela entidade junto ao governo federal as reformas política e da Previdência, pautas “aguardadas pela sociedade brasileira e sobre as quais teremos o papel de cobrar o governo melhorias para o povo, ao mesmo tempo enquanto trabalhamos pela advocacia, uma classe muito sofrida por conta da economia”.

Raghiant reforça que os advogados também foram atingidos pela crise econômica. “Temos uma grande massa de advogados que, com muita dificuldade, consegue manter os escritórios”, disse, apontando como potenciais soluções o estímulo para que esses profissionais atuem também nas estratégias para solução de conflito do Judiciário, em atividades extrajudiciais como a mediação, compliance e contratos.

“Podemos melhor preparar os advogados para isso por meio de cursos e estimulando os negócios, para que eles ampliem o campo de trabalho fora dos lugares de litígio”, pontuou.

Cursos – Já a “pauta número um” da OAB Nacional envolve o que o secretário nacional-adjunto qualifica como “estelionato educacional” cometido pelo Ministério da Educação, que permitiu a abertura indiscriminada de cursos de Direito sem que os mesmos tenham condições. “Vamos trabalhar para que seja fechada uma série de faculdades sem condições de funcionar”, disse, reforçando que, recentemente, a Ordem concedeu o selo OAB Recomenda a 165 universidades do país, em um universo de 1,5 mil.

Ainda neste campo, Raghiant afirma que a entidade lutará para que o MEC passe a ouvir a OAB em caráter vinculativo, e não apenas opinativo, quando solicitar pareceres pela abertura ou manutenção de novos cursos.

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