PF investiga vereador de Naviraí por ocultar bens em registro eleitoral
O procedimento foi requisitado pelo Ministério Público e a apuração é da delegacia local

A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar possível omissão de bens por parte do vereador eleito em Naviraí, Márcio André Scarlassara, durante o registro de candidatura em 2024. O caso apura indícios de falsidade ideológica eleitoral, crime previsto no artigo 350 do Código Eleitoral, que pune a omissão ou declaração falsa em documentos apresentados à Justiça Eleitoral.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A Polícia Federal investiga possível omissão de bens do vereador eleito em Naviraí, Márcio André Scarlassara, durante registro de candidatura em 2024. O caso apura indícios de falsidade ideológica eleitoral, crime previsto no Código Eleitoral. O diretor institucional da BMG Foods declarou possuir apenas um veículo de R$ 35 mil e R$ 120 mil em espécie. No entanto, há indícios de que resida em imóvel de alto padrão e utilize caminhonete de luxo não declarados. A PF tem 90 dias para apresentar resultados.
Segundo a investigação, Scarlassara, que é diretor institucional da BMG Foods, declarou à Justiça possuir apenas um veículo avaliado em R$ 35 mil, R$ 120 mil em espécie e pouco mais de R$ 127 em aplicações financeiras. No entanto, conforme representação do Ministério Público Eleitoral, há indícios de que ele resida em imóvel de alto padrão na região central da cidade e utilize cotidianamente uma caminhonete de luxo, bens que não constam na declaração oficial.
- Leia Também
- PP lança Tereza Cristina para o Senado e Londres Machado busca 13º mandato
- Rhaiza Matos promete não ter 'secretário de estimação' em sua gestão
O inquérito foi aberto a partir de requisição do MPE (Ministério Público Eleitoral) e está sob responsabilidade da Delegacia da Polícia Federal em Naviraí. Entre as diligências determinadas, estão o levantamento patrimonial detalhado do investigado e de sua esposa, a consulta a sistemas para identificar veículos, imóveis e vínculos notariais, além da análise da compatibilidade da renda familiar com o patrimônio aparente.
A Justiça Eleitoral já levantou o sigilo do processo e determinou prazo de 90 dias para que a PF (Polícia Federal) apresente novos resultados da apuração. Até o momento, não houve manifestação pública da defesa do vereador.
A reportagem entrou em contato com o vereador que informou que os bens não declarados estão no nome do filho dele, como doação em vida, com fins de facilitar inventário, por exemplo. Ele afirma ainda que ele, a esposa e o filho moram na mesma casa há 30 anos. "Assim que eu for citado, vou apresentar todas as documentações", afirmou.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.