Pollon alega ser autista para evitar punição na Câmara dos Deputados
O parlamentar sul-mato-grossense e outros 4 podem ser afastados por confusão em plenário
O deputado federal de Mato Grosso do Sul Marcos Pollon (PL) e os colegas Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC) podem ser afastados por seis meses, após a confusão registrada no plenário da Câmara dos Deputados na noite da última quarta-feira (6).
RESUMO
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Cinco deputados federais podem ser afastados por seis meses após confusão no plenário da Câmara dos Deputados. O pedido de suspensão, encaminhado por PT, PSB e PSOL ao presidente da Casa, Hugo Motta, inclui Marcos Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Zé Trovão (PL-SC). Pollon, que se declara autista, justificou sua participação no tumulto alegando não compreender a situação quando ocupou a cadeira do presidente da Câmara. O documento também solicita advertência e abertura de processo no Conselho de Ética contra Júlia Zanatta (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS).
O pedido de suspensão foi encaminhado ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), por meio de um ofício assinado pelos partidos PT, PSB e PSOL. O documento solicita a punição de cinco parlamentares presentes no tumulto.
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Em vídeo publicado nas redes sociais, Pollon classificou o pedido como injusto. Ele afirmou ser autista e disse que, no momento da confusão, não compreendia o que estava ocorrendo na Mesa Diretora, por isso, decidiu sentar na cadeira de Hugo Motta.
“Sou autista e não estava entendendo o que estava acontecendo ali naquele momento. Pedi para que ele [Marcel van Hattem] me acompanhasse, e eu sentei na cadeira do Hugo Motta e ele sentou ao meu lado, porque é uma pessoa em quem confio. Falei ‘me orienta’, porque pelo que nós combinamos haveria um rito para a desocupação do espaço, e esse combinado não foi cumprido”, disse o deputado no vídeo.
O presidente da Câmara ainda analisa o pedido, que também sugere advertência a outros parlamentares que participaram da confusão. O documento pede ainda a suspensão cautelar e a abertura de processo no Conselho de Ética contra Júlia Zanatta (PL-SC) e Marcel van Hattem (Novo-RS). Este último já responde a uma solicitação de afastamento preventivo.
No mesmo vídeo, Pollon defendeu Van Hattem e afirmou que o colega estava na Mesa apenas para oferecer apoio. Disse ainda que, mesmo sem compreender exatamente o que estava acontecendo, não deixaria o local enquanto não houvesse uma resposta positiva para os presos pelos atos de 8 de janeiro.
Hugo Motta deve se reunir ainda nesta sexta-feira (8) com integrantes da Mesa Diretora para definir se os deputados serão punidos. Após o encontro, será divulgada a lista de nomes que poderão ser encaminhados ao Conselho de Ética da Casa.
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