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Política

Prefeito afirma que redução tarifária nada tem a ver com onda de manifestações

Jéssica Benitez e Leonardo Rocha | 20/06/2013 12:14
Prefeito anuncia redução na tarifa do transporte pública, mas nega que iniciativa seja por pressão popular (Foto: Marcos Ermínio)
Prefeito anuncia redução na tarifa do transporte pública, mas nega que iniciativa seja por pressão popular (Foto: Marcos Ermínio)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), desmereceu a iniciativa popular de sair às ruas para manifestar serviços públicos de melhor qualidade e garantiu que a decisão de diminuir R$ 0.10 na passagem do transporte coletivo da Capital foi em função da política vertical do Governo Federal.

“Não foi pelo fato de haver manifestações por todo o País”, disse insinuando que a redução no passe de ônibus em Campo Grande apenas coincidiu com a mesma diminuição em outras 11 capitais brasileiras, cidades marcadas por fortes protestos desde o início desta semana como, por exemplo, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG).

Um dia depois de chamá-lo de oportunista, Bernal também negou que a atitude tenha relação com o pedido de representação feito pelo vereador Eduardo Romero (PTdoB) ao MPE (Ministério Público Estadual) visando fazer cumprir a Medida Provisória 617 que zerou as alíquotas do PIS e Confins pagas por todas as empresas de transporte coletivo urbano do País. “Não teve nada haver com o Romero”, afirmou.

O prefeito disse, ainda, que colocará uma equipe técnica para analisar se é possível reduzir outros impostos ou valores pagos por serviços públicos. Ele aproveitou o ensejo para não se comprometer sozinho e colocou o governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), na conversa. “Vou propor ao Governo Estadual que também reduza alguns impostos”, explicou.

Questionado se poderá cumprir o compromisso de campanha de deixar o vale transporte no valor de R$ 2,60, ele foi categórico. “Essa era uma promessa do Vander (Loubet). Eu já congelei o valor e agora reduzi, portanto não há essa possibilidade no momento”, disse, esquecendo-se de que abraçou promessas firmadas pelos candidatos a prefeito que foram derrotados no 1° turno da eleição de 2012 e que o apoiaram durante o segundo turno do pleito.

Embora o prefeito negue que o regresso do valor do passe esteja ligado a manifestos populares, a decisão foi anunciada no mesmo dia em que o 1° Ato Público de Apoio a Manifestação Nacional ocorre em Campo Grande. Além disso, o anúncio, coincidentemente, também foi feito pouco depois de um grupo de manifestantes irem à Câmara Municipal reivindicar que o café da manhã dos parlamentares seja cancelado.

Investimentos - Bernal também anunciou investimento de R$ 179 milhões na área da mobilidade urbana da Capital. Segundo o progressista, deste total R$ 120 milhões são oriundos de recursos próprios do Executivo Municipal conseguido por meio de empréstimo com o Governo Federal.

O restante da verba, R$ 59 milhões, vem da própria União. O progressista pretende utilizar o dinheiro na construção de viadutos, além de terminais e corredores para ônibus. No entanto, vale ressaltar, que o investimento nada tem a ver com a onde de manifestações propagadas em todo o País, movida justamente pelo transporte público precário que o Brasil possui.

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