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Política

Prefeitos divergem sobre adiamento do ano letivo

Redação | 21/01/2010 14:55

O adiamento do início das aulas por conta dos estragos causados pela chuva divide opiniões dos prefeitos, que hoje estão reunidos na Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) para discutir os problemas causados pelas enchentes no interior do Estado.

Para alguns, dar início ao ano letivo na data prevista, 8 de fevereiro, é inviável. Com pontes quebradas e estradas intransitáveis, muitas cidades estão sem acesso para que estudantes da zona rural cheguem às escolas.

Em Campo Grande, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) já informou que não há possibilidade de adiamento nas aulas, com início previsto para o dia 8 de fevereiro.

Já a prefeita de Coxim, Dinalva Mourão (PMDB), explica que no município isso não é possível em razão das estradas intransitáveis, que impedem alunos da zona rural de chegarem à cidade.

Foram pleiteados R$ 1,84 milhão de reais para reparos emergenciais na cidade, contudo o valor não cobre todos os estragos, assim como em vários outros municípios.

Por este motivo, eles têm um prazo para fazer o levantamento dos problemas e solicitar ajuda do Governo Federal.

Apenas duas das cerca de 40 famílias que tiveram que deixar suas casas por conta do alagamento ainda não conseguiram retornar. Mesmo assim, outros estragos da chuva levarão mais tempo para serem corrigidos, explica Dinalva.

De acordo com a prefeita, o município ainda enfrenta alagamentos na zona rural, asfalto esburacado e pontes caídas. A chuva continua a cair na região, mas o rio já não está enchendo como antes. Hoje ele está com apenas um metro acima no nível norma da água.

Segundo o prefeito de Aquidauana, Fauzi Suleiman (PMDB), apesar dos estragos feitos pela chuva, o nível das águas já diminuiu e não será necessário adiar o início das aulas.

A Prefeitura havia decretado situação de emergência e teve 83 famílias desabrigadas. Foi feito pedido de R$ 1,9 milhão ao Governo Federal para começar a consertar os estragos.

Apesar de a cidade estar pronta para começar as aulas, o prefeito Cláudio Valério (PMDB), de Anastácio, afirma que irá adiar a data para 18 de fevereiro em solidariedade aos municípios que não têm condições de fazer o mesmo. "Temos que ser solidários diante desse problema", justifica.

O município pleiteia R$ 2 milhões para consertar pontes quebradas e estradas que foram danificadas pela chuva.

Em Rio Verde, a decisão de adiamento deverá ser tomada junto com a Secretaria de Educação. O prefeito Wiliam Douglas Brito (PPS) conta que na pressa para tirar o gado da enchente, produtores rurais quebraram muitas pontes, o que dificulta agora o acesso de estudantes.

Em Água Clara, o prefeito Edvaldo Alves de Queiroz, o Tupete, afirma que pretende começar as aulas no dia 18 de fevereiro, e aguarda apenas que a decisão seja confirmada pela Assomassul.

No município de Dourados, a 230 quilômetros da Capital, Ari Artuzi (PDT) adiantou que não concorda em adiar o início das aulas porque isso afetaria também o término delas.

O prefeito Wlademir Volk (PT), o Japão, de Dois Irmãos do Buriti, irá adiar o calendário escolar e acredita que o Estado fará o mesmo.

"Se as aulas começassem hoje os alunos não teriam condições de chegar até à escola por causa da situação das estradas vicinais", explica o prefeito Jesus Baird (PMDB), de Costa Rica.

Ele confessa que chegou a pensar em adiar aulas para o dia 22, porque previa complicações pelos estragos da chuva, mas optou por 18 de fevereiro depois de conversar com a Secretaria de Educação.

De acordo com ele, apesar de não terem condições de tráfego no momento, as estradas do município estavam bem conservadas e por isso serão fáceis de consertar.

O prefeito acredita que com o adiamento para o dia 18, as estradas estarão prontas para o início das aulas.

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