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Política

Primeira candidata mulher, Simone diz ter orgulho do 'posto' no Senado

Contudo, ela também lamenta que só agora uma mulher tenha conseguido viabilizar candidatura ao cargo máximo

Nyelder Rodrigues | 13/01/2021 17:45
Simone é a primeira candidata e já pode ser a primeira eleita à cadeira mais cobiçada do Senado (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
Simone é a primeira candidata e já pode ser a primeira eleita à cadeira mais cobiçada do Senado (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

São quase 200 anos de história do Senado brasileiro, instalado em 6 de maio de 1826. Desde lá, muita coisa aconteceu e evolui, menos uma: o parlamento sequer presenciou a candidatura de uma mulher ao posto máximo da Casa, situação encerrado apenas agora, no início de 2021, pela sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB).

Filha do histórico Ramez Tebet, ex-vice-governadora de Mato Grosso do Sul e ex-prefeitura de sua cidade natal, Três Lagoas, a terceira maior do Estado, Simone é a primeira mulher candidata à presidência do Senado, consolidando seu nome como um dos principais da atualidade na política, não só regional, mas também nacional.

"É triste saber que em 200 anos de história no Senado, uma Casa tão democrática, essa é a primeira vez que uma mulher consegue ser lançada para presidente. Mas fora isso, é um orgulho ser a primeira candidata e ainda que esse posto seja de uma sul-mato-grossense", frisa Simone à reportagem do Campo Grande News.

A senadora ainda ressalta que superar todas as barreiras encontradas com frequência na vida pública como mulher não foi fácil, mostrando então que sua indicação não foi realizada à toa, já que possui ainda uma série de bons trabalhos.

Além das adesões que já possui, Simone busca mais apoio asua candidatura (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Além das adesões que já possui, Simone busca mais apoio asua candidatura (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Já questionada sobre o apoio de outras senadoras à sua candidatura por conter o fator do fortalecimento da participação feminina no poder, Simone crê que uma parte delas vai sim acompanhá-la diante desse cenário. "A Leila, do PSB, provavelmente virá conosco. Um dos motivos do Cidadania ter declarado apoio também foi esse", revela.

No caso, além do próprio MDB, que conta com 15 senadores atualmente, dois deles filiados ontem ao partido, Simone já conta com apoio declarado do Cidadania, liderado pela senadora Eliziane Gama, do Estado do Maranhão.

Outros partidos a qual ela espera apoio declarado da bancada, já a partir dessa quinta-feira (14), são o PSDB e o Podemos. "O jogo começa agora. Dois lados polarizados e a partir de hoje começamos a receber apoio de algumas bancadas. Certamente será uma campanha dura para os dois lados", ressalta Simone.

Presidente da CCJ, senadora Simone Tebet em pronunciamento durante sessão no Senado (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Presidente da CCJ, senadora Simone Tebet em pronunciamento durante sessão no Senado (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Sobre a escolha de seu nome dentro do MDB, a senadora sul-mato-grossense ressalta que ficou, desde o início, bastante claro que seu nome era o único viável e com condições de chegar bem a uma reta final da disputa pela principal cadeira do Senado.

"No MDB ficou óbvio que meu nome era o que tinha maior viabilidade, já que os outros não conseguiram se viabilizar com o mesmo total de votos que a princípio eu já tinha conseguido", lembra Simone Tebet ao falar sobre sua posição.

Seu rival interno foi Eduardo Braga, líder do Governo no Senado - contudo, o Governo apoia Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Assim, a direção do partido avaliou que era necessário um nome neutro, independente, e que não dividisse votos com Pacheco igual Braga.

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