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Política

PT insiste em dois palanques e pode intervir por aliança

Redação | 06/02/2010 09:03

A cúpula nacional do PT continua insistindo em dois palanques para a ministra Dilma Roussef onde não houver acordo com o PMDB. Também não descarta intervenção para viabilizar o projeto nacional do partido.

Hoje, o impasse ainda ocorre em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Ceará, Bahia e Maranhão.

A possibilidade de intervenção consta do documento a ser apresentado no 4º Congresso Nacional do PT, encontro que homologará a candidatura de Dilma e definirá a política de alianças da sigla. Mesmo sem usar o verbo intervir, a lista de recomendações diz que a "prioridade máxima" é o projeto nacional.

"Compete ao Diretório Nacional a missão de examinar em caráter terminativo as alianças estaduais, à luz das resoluções deste congresso, e do objetivo de prosseguir com as mudanças que o povo aprova e o Brasil tanto necessita", diz um trecho do documento, intitulado "Os Desafios de 2010: A vitória na eleição presidencial e o crescimento do PT", a ser apresentado nos dias 18, 19 e 20, no encontro que acontece em Brasília.

Além do texto sobre política de alianças, o Congresso do PT vai aprovar as diretrizes do programa de governo de Dilma e o manifesto de lançamento da candidatura da ministra, informa o jornal O Estado de SP.

"Devemos envidar todos os esforços no sentido de buscarmos candidaturas unitárias aos governos estaduais", sustenta o texto sobre política de alianças. Nos locais onde uma única candidatura apoiada por partidos aliados for "politicamente impossível", a ordem é assegurar dois palanques para Dilma.

Em Mato Grosso do Sul, a possibilidade de dois palanques está totalmente descartada pelo governador André Puccinelli (PMDB).

Ele diz que um noivo não pode "casar com duas damas". Também chama o PT de egoísta, por insistir em candidatura própria e não priorizar seu projeto nacional.

O ex-governador Zeca do PT garante que não abre mão de seu projeto de retorno ao Parque dos Poderes. Ele não vê a possibilidade de interferência nacional em seus planos.

Ele diz que o presidente Lula é seu amigo e nunca pediria para que ele desistisse. Tanto Zeca quanto as principais lideranças petistas acham até que dois palanques seria uma idéia benéfica para o projeto do partido.

Integrante da coordenação da campanha da ministra, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ameniza a polêmica, alegando que as negociações têm caminhado sem a necessidade de intervenção.

"Mas é sempre melhor prevenir do que remediar. Se tivermos algum problema mais adiante, esse mecanismo serve de garantia para a aplicação da nossa estratégia", disse.

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