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Política

Punições podem levar Câmara a convocar chefe da Guarda Municipal

Zemil Rocha | 03/05/2013 18:09
Coronel Jonnys Cabreira pode ser convocado pela Câmara  (Foto: Pedro Peralta)
Coronel Jonnys Cabreira pode ser convocado pela Câmara (Foto: Pedro Peralta)

Uma nova crise política entre a gestão do prefeito Alcides Bernal e os vereadores está prestes a ser detonada. A Câmara de Campo Grande poderá votar já próxima semana a convocação do comandante da Guarda Municipal, coronel Jonnys Cabreira Lopes. “Acabei de falar com o vereador Paulo Pedra e nós dois vamos apresentar pedido de convocação do comandante da Guarda Municipal, por estar perseguindo as lideranças da categoria”, afirmou o vereador Alceu Bueno (PSL).

Três líderes dos guardas municipais de um total de 20 que trabalham na Câmara já teriam sido transferidos para locais distantes em represália por estarem mobilizando a categoria.Outros três, segundo um dos líderes, que prefere não se identificar para não sofrer mais prejuízos, correm o risco de serem transferidos. “No total seis devem ser tirados da Câmara”, informou ele.

Trata-se de punições injustificáveis, segundo Alceu Bueno, pela mobilização que está sendo feitas pelos líderes a favor da aprovação da Proposta de Emenda à LOM (Lei Orgânica Municipal) que autoriza o uso de arma de fogo pelos guardas municipais da cidade. Também estariam ocorrendo “ameaças” aos guardas para que não compareçam à Câmara na próxima terça-feira (7), data da votação do projeto.

“O comandante está coagindo os guardas municipais. Vamos entrar com pedido de convocação para dar explicação para os vereadores, dizer a mando de quem e porque ele está agindo assim”, afirmou Alceu Bueno.

Um dos líderes que foram transferidos garante que não há base legal para os remanejamentos. “Foi sem motivo nenhum. Eu mesmo não tem falta, nunca passei por sindicância”, argumento o guarda punido.

Para ele, o prefeito Alcides Bernal está tentando “enfraquecer” o movimento dos guardas pelo direito de portas armas de fogo. “O efeito vai ser contrário. Vai fortalecer mais ainda”, garantiu ele.

O chefe de equipe de plantão da Guarda Municipal, identificado como Ponce, não soube informar os motivos da transferência. Já a assessora da imprensa da corporação afirmou que não houve punição por causa da mobilização pela aprovação do projeto que permite o uso de armas. “Não é verdade. Remanejamentos acontecem com frequência, seja por tempo de serviço, por estar mais próximo das casas dos guardas e outros”, argumentou ela.

 

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