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Política

Racha entre PSDB e PMDB provoca constrangimentos na Assembleia

Wendell Reis | 19/04/2012 13:03

Deputado do PMDB critica exonerações provocadas por questões políticas

Marquinhos afirma declarações foram para alertar os parlamentares para a grave situação que ocorre atualmente (Divulgação/Assembleia/Giuliano Lopes)
Marquinhos afirma declarações foram para alertar os parlamentares para a grave situação que ocorre atualmente (Divulgação/Assembleia/Giuliano Lopes)

O PMDB e o PSDB, após muito tempo de aliança, enfrenta uma situação atípica em Campo Grande: estarão em lados opostos na disputa pela prefeitura da Capital, com as candidaturas do deputado federal Edson Giroto (PMDB) e do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB).

O lançamento das candidaturas é legítimo, visto que os partidos são diferentes. Entretanto, é justamente este enlace, criado pela união histórica dos dois partidos no Estado, que traz o estranhamento, que apesar de negado, é evidente.

Nesta manhã na Assembleia Legislativa, o deputado Marquinhos Trad (PMDB), do mesmo partido do irmão, Nelson Trad Filho (PMDB) e do governador André Puccinelli (PMDB), criticou as atitudes tomadas na construção destas alianças. O deputado lembrou que por conta de interesses pessoais, classificados por ele como mesquinho e egoísta, as pessoas acabam tomando atitudes erradas, citando como exemplo a possibilidade que ronda a Assembleia, do retorno de Carlos Marun (PMDB) a Casa e saída de Rinaldo Modesto (PSDB), tendo como propósito uma retaliação ao fato do PSDB lançar candidato em Campo Grande.

Em seu discurso, Marquinhos disse que as coligações feitas atualmente são mais maléficas do que benéficas e defendeu o fim de indicações de filiados a partidos para ocupar cargos em secretarias do Estado e Município. Para exemplificar, o deputado citou o caso da secretária de Educação, Maria Cecília Amêndola, que no começo do mês deixou o cargo por conta de questões partidárias. O deputado lamentou o fato, lembrando que a ex-secretária fez uma gestão premiada e foi exonerada por questões partidárias.

Marquinhos afirma que as declarações foram no sentido de alertar os parlamentares para a grave situação que ocorre atualmente, onde parece que não é mais o povo quem escolhe quem ocupa as vagas no Poder.

Londres Machado (PR) pondera que as alianças não são indissolúveis e podem ser revistas
Londres Machado (PR) pondera que as alianças não são indissolúveis e podem ser revistas

Há 40 anos na Assembleia Legislativa, o deputado Londres Machado (PR) pondera que as alianças não são indissolúveis e podem ser revistas. Ele ressaltou que a aliança entre PMDB e o PSDB rendeu grandes vitórias. Entretanto, entende que o PSDB percebeu que para fazer uma disputa na majoritária, precisa passar por Campo Grande e tomou a decisão de lançar Azambuja.

Londres acredita que a disputa abala uma aliança de anos, mas entende que esta boa relação não deve ser esgotada em virtude de uma única candidatura. O deputado ressalta que o PSDB é importante para o PMDB, assim como o PMDB é importante para que o PSDB consiga um voo maior. “O adversário de hoje pode ser o companheiro de amanhã e o companheiro de amanhã pode ser o adversário de hoje”, resumiu.

PSDB sem rancor - Os deputados do PSDB não entendem que o fato do partido disputar a eleição significa um embate. Márcio Monteiro (PSDB) revela que esteve com Puccinelli na semana passada e o governador voltou a dizer que gostaria que o PSDB estivesse com o PMDB. Porém, caso isso não ocorra, não iria ver o PSDB como adversário.

Monteiro acredita que a campanha do PSDB não será de ataque, mas garante que o partido saberá se defender caso seja atacado e dividirá a bola. Utilizando o futebol para fazer uma comparação, o deputado lembra que é possível jogar como europeu, no embate e na base da canelada, ou como brasileiro, driblando até marcar o gol.

O deputado Rinaldo Modesto (PSDB) explica que a situação é de coerência. Ele lembra que o partido optou pela candidatura de Reinaldo Azambuja e, por isso, tem que seguir por uma questão de coerência e ética. O deputado também entende que o partido fará uma campanha com propostas e sem criticas. Sobre a possível volta de Marun, o deputado preferiu classificar como factóide.

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