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Política

Rejeitado nas urnas, Trutis lidera ranking de gastos parlamentares em 2022

Deputado bolsonarista gastou R$ 487 mil da cota parlamentar e R$ 1,2 milhão com pagamento de funcionários

Jhefferson Gamarra | 29/01/2023 10:56
Loester Trutis em uma das várias fotos segurando armas postadas nas redes sociais (Foto: Reprodução)
Loester Trutis em uma das várias fotos segurando armas postadas nas redes sociais (Foto: Reprodução)

Deputado federal eleito na onda bolsonarista das eleições de 2018 e rejeitado nas urnas em 2022, Loester Carlos Gomes, o Tio Trutis (PL), lidera o ranking de gastos da bancada de Mato Grosso do Sul em Brasília. Nos 12 meses do ano passado, Trutis consumiu R$ 487.039,95 da cota parlamentar.

Conforme consulta ao Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, do total gasto, R$ 157 mil (32,24%) foram para pagamentos de consultoria e pesquisas. Para divulgação da atividade parlamentar foram desembolsados R$ 81.000,00 (16,63%).

Apenas com locação de veículos, Trutis gastou R$ 71.303,00 (14,64%), o valor corresponde a aproximadamente R$ 5.941 por mês, com combustíveis o parlamentar usou R$ 32.708,51 (6,72%). Com manutenção de escritório foram R$ 61.192,64 (12,56%). Outros R$ 41.939,87 (8,61%) foram gastos com passagens aéreas e R$ 41.895,93(8,60%) com despesas não especificadas.

A título de comparação, o valor gasto da cota parlamentar apenas no ano passado é três vezes maior do que o patrimônio de R$153.150,00 declarado pelo deputado nas eleições de 2022.

Fora da cota parlamentar, cada deputado tem acesso a R$ 111.675,59 de verba de gabinete por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham para o mandato em Brasília ou nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados com cargos de confiança, com salários de R$ 1.025,12 a R$ 15.698,32.

Atualmente, Loester Trutis tem 13 assessores lotados em seu gabinete. Em 2022, o gasto do deputado com assessores foi de R$ 1,2 milhão. Apenas no mês de junho o gasto com salários dos funcionários do parlamentar ficou abaixo do R$ 100 mil.

Além das verbas de gabinete, o deputado federal do PL recebe mensalmente R$ 39.293,32 e faz uso do apartamento funcional em Brasília. O deputado ainda tem direito a receber diárias quando viaja em missão oficial. Nas viagens nacionais, o valor é de R$ 524. Nas viagens internacionais, o valor da diária é de US$ 391 para países da América do Sul, e de US$ 428,00 para outros países.

A reportagem entrou em contato com o parlamentar que está em fim de mandato para comentar sobre os elevados gastos no desempenho do mandato, mas até a publicação da matéria não houve retorno. O espaço segue aberto.

Restante da bancada – Seguindo o ranking de gastadores, aparece em 2º lugar o tucano Dagoberto Nogueira, que gastou R$ 479.913,81. O petista Vander Loubet fecha o Top 3, com R$ 473.347,40 gastos. Luiz Ovando (PP) e Beto Pereira (PSDB) também gastaram acima dos 400 mil, sendo R$ 455.010,84 e R$ 438.753,76, respectivamente.

Rose Modesto (União Brasil), que ficará sem mandato ao fim da legislatura, usou R$ 355.617,28 da cota. Fábio Trad (PSD) foi o parlamentar de Mato Grosso do Sul mais econômico, utilizando R$ 242.087,27 dos recursos.

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