Relatora da CPMI de violência contra mulher chega a Capital e visita aldeia
A relatora da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga a violência contra a mulher no país, senadora Ana Rita (PT-ES), desembarcou em Campo Grande nesta tarde para iniciar os trabalhos da Comissão em Mato Grosso do Sul.
Por volta das 15h a senadora irá visitar a aldeia urbana da Capital, Água Bonita. Lideranças indígenas e autoridades devem acompanhar a visita. De acordo com a assessoria de imprensa da senadora, a visita as comunidades indígenas no Estado é fundamental, já que Mato Grosso do Sul tem um número acentuado de população indígena. O foco da visita será tratar da violência da mulher, verificando se a lei Maria da Penha está cumprida nas comunidades.
A vice-presidente da CPMI, deputada Keiko Ota (PSB-SP), desembarca amanhã na Capital para participar da agenda da Comissão.
A comissão se reunirá com o governador André Puccinelli (PMDB), visitará a Delegacia da Mulher, Centro de Referência, Vara de Violência contra a Mulher, Promotoria de Violência contra a Mulher e terá reunião com o movimento de mulheres.
Na terça-feira, os integrantes da CPMI se reúnem com mulheres indígenas e participam, às 14 horas, de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Dados - De acordo com o Mapa da Violência 2012, do Ministério da Justiça, Mato Grosso do Sul ocupa o 5º lugar entre os estados do País em assassinatos de mulheres, com seis homicídios para grupo de 100 mil mulheres, acima da média nacional, que é de 4,4. O primeiro colocado é o estado do Espírito Santo (9,4), o segundo Alagoas (8,3). O Paraná aparece na terceira colocação (6,3).
Segundo a Comissão, Ponta Porã é a cidade mais violenta do Estado e ocupa a 10ª colocação entre as 100 mais violentas do Brasil. A taxa de homicídios lá é de 17,8 assassinatos para grupo de 100 mil mulheres. Campo Grande possui taxa de homicídios de 3,3 para grupo de 100 mil mulheres e ocupa a 24ª colocação entre as capitais.