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Política

Retaliação de italianos ao Brasil afeta Campo Grande

Redação | 16/01/2009 17:04

Depois da decisão do governo brasileiro de conceder status de refugiado político ao ex-ativista Cesare Battisti, os italianos decidiram reagir e uma das retaliações atinge diretamente Campo Grande. Como protesto pode chegar ao fim o convênio entre as "cidades irmãs" Turim (Itália) e Campo Grande.

Conforme o site Terra, Roberto Ravello, membro do conselho da comuna de Turim, pediu que, em repúdio, a cidade italiana cancele os programas de parceria que desenvolve com cidades brasileiras. Campo Grande se tornou cidade "gêmea" de Turim em 2002. A parceria já resultou em investimentos para o Instituto Mirim da Capital.

Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos na década de 1970, quando integrava um grupo de extrema-esquerda. "Que a comuna de Turim suspenda a irmandade e as iniciativas de cooperação com as cidades do Brasil com as quais possui relações", propôs Ravello, membro da aliança regional governista Aliança Nacional e Povo da Liberdade. Além da Capital de Mato Grosso do Sul, Turim tem parceria com Campinas (São Paulo). Battisti ganhou o direito de morar no Brasil e não pode ser extraditado para a Itália.

Gravíssimo - A decisão de acolher Battisti gerou protesto por parte de diversos políticos italianos, todos propondo retaliações ao Brasil. "A decisão do governo sul-americano é gravíssima do ponto de vista jurídico, mas, sobretudo, é inaceitável do ponto de vista diplomático, assemelhando-se a uma ofensa ao nosso país e à sua civilidade jurídica e premiando um homem que cometeu crimes gravíssimos e que deveria estar em uma prisão italiana", justifica o vice-presidente da bancada governista na Câmara dos Deputados da Itália, Italo Bocchino.

O vice-prefeito de Milão, Riccardo De Corato, pediu aos italianos que boicotem os produtos brasileiros, enquanto o senador Sergio Divina, vice-presidente da Comissão das Relações Exteriores do Senado da Itália, recomendou evitar o Brasil como destino turístico.

No dia 15 em Ladário, durante visita a região de fronteira com a Bolívia, o presidente Lula disse que não acreditava em consequências mais sérias ou abalo nas relações de "amizade" entre Brasil e Itália, por conta da acolhida ao acusado de terrorismo.

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